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Trump reduz limite de refugiados ao nível mais baixo da história

Ptesidente dos EUA, Donald Trump, em Jacksonville, Flórida - Reuters
Ptesidente dos EUA, Donald Trump, em Jacksonville, Flórida Imagem: Reuters

02/10/2020 00h11

Washington, 1 out (EFE).- O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reduziu o limite de refugiados que o país poderá acolher no ano que vem para 15 mil pessoas, o número mais baixo até agora, dando sequência às políticas contra a entrada de estrangeiros em pleno ano eleitoral.

A medida, explicada em mensagem enviada pelo Departamento de Estado na noite de quarta-feira ao Congresso e que foi divulgada nesta quinta-feira, foi duramente criticada pelas organizações que defendem os refugiados.

O prazo para o governo notificar o Congresso sobre o novo limite de refugiados ia até o fim do ano fiscal de 2020, que terminou na quarta-feira. Este é o limite mais baixo desde 1980, quando foi assinada a Lei de Refugiados.

No ano fiscal de 2020, o governo já havia reduzido o limite para o mínimo histórico de 18 mil refugiados, aos quais Trump já se referiu várias vezes como uma carga e uma ameaça para a segurança do país.

Devido à pandemia de Covid-19, o governo admitiu menos de 12 mil refugiados em todo o ano fiscal de 2020, segundo dados divulgados pelo jornal "The Washington Post".

"O governo Trump fecha a porta para os perseguidos na pior crise de deslocamentos da história, com 29,6 milhões de refugiados no mundo", disse em comunicado Elissa Díaz, presidente da Coalizão de Imigração Inter-Religiosa.

A ativista lembrou que Trump já cortou o programa de realocação de refugiados dos EUA em mais de 80%, e pediu para que o limite de refugiados admitidos aumente para 95 mil.

Na notificação ao Congresso, o governo disse que prevê "receber mais de 300 mil novos refugiados e pedidos de asilo" em 2021, dos quais 15 mil seriam refugiados através do Programa de Admissão de Refugiados e mais de 290 mil "novos casos de asilo".

Nos governos anteriores ao de Trump, tanto republicanos como democratas, o limite de refugiados excedeu 70 mil por ano. O candidato democrata à presidência, Joe Biden, prometeu que, se ganhar as eleições de 3 de novembro, admitirá 125 mil refugiados por ano.