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EUA impõem restrições a outros 6 veículos de imprensa da China

21/10/2020 20h03

Washington, 21 out (EFE).- O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que irá restringir a atividade de outros seis meios de comunicação da China em território americano, incluindo o portal de notícias financeiras e tecnológicas "Yicai", por considerar que fazem "propaganda" para o Partido Comunista chinês.

Além do "Yicai", os cinco outros veículos afetados são o "Jiefang Daily", o "Xinmin Evening News" e o "Economic Daily", bem como a revista em inglês "Beijing Review e Social Sciences in China Press", especializada em publicações acadêmicas.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou as novas medidas durante uma entrevista coletiva e garantiu que Washington "não está colocando nenhuma restrição sobre o que essa mídia pode publicar".

"Só queremos ter certeza de que o povo americano, consumidor de informação, pode diferenciar entre as notícias escritas pela imprensa livre e a propaganda distribuída pelo Partido Comunista da China".

A partir de agora, os EUA tratarão esses seis veículos como se fossem missões diplomáticas do governo chinês, de modo que os jornalistas estarão sujeitos às mesmas restrições que os diplomatas.

Assim como acontece com as missões diplomáticas de qualquer país, agora, esses meios de comunicação terão que informar ao Departamento de Estado os bens que possuem nos Estados Unidos e entregar uma lista com os nomes de seus funcionários, bem como informar quem estão demitindo e contratando.

Essas restrições se somam às já impostas em fevereiro e março por Washington a outros nove meios de comunicação.

No mês de março, em resposta às ações de Washington, Pequim expulsou correspondentes do "The New York Times", "The Wall Street Journal" e "The Washington Post".

O pano de fundo do anúncio feito hoje por Washington é a guerra comercial travada pelos dois países desde 2018, a guerra tecnológica, uma luta latente pela hegemonia e, mais recentemente, a troca de acusações entre China e EUA sobre qual país originou a atual pandemia da covid-19.