Topo

Europol comanda operação contra quadrilha que traficava drogas do Brasil

27/11/2020 18h13

Redação Central, 27 nov (EFE).- A Europol divulgou nesta sexta-feira a realização de uma operação que visou desarticular uma organização criminosa especializada no envio de cocaína para a Europa.

De acordo com o serviço europeu de polícia, 45 pessoas foram presas, em ação que também envolveu autoridades de portuguesas, belgas e brasileiras, além das polícias da Romênia, Holanda, Emirados Árabes e dos corpos de segurança do Estado de Dubai.

De acordo com a Europol, mais de mil agentes foram envolvidos na ação, que resultou em 180 varreduras em diferentes residências, em vários países, de pessoas apontadas como ligadas ao que foi classificado como um "grupo criminoso altamente profissionalizado", que se dedicava ao tráfico de entorpecentes.

De todos os 45 detenções realizadas durante a operação da Europol, 38 aconteceram no Brasil.

Esta rede estava por trás da importação de, pelo menos, 45 toneladas de cocaína por ano, que chegava a alguns dos principais portos da União Europeia, permitindo lucros que excederam 100 milhões de euros (R$ 638,7 milhões) em apenas seis meses.

Os agentes conseguiram apreender 12 milhões de euros (R$ 76,6 milhões) em espécie, em Portugal; 600 mil euros (R$ 3,8 milhões) na Bélgica; além de US$ 169 mil (R$ 903,9 mil) no Brasil.

Além disso, foi obtido o congelamento de ativos financeiros de dez pessoas na Espanha.

Também foram apreendidos no Brasil um total de 70 veículos, 37 aviões e 163 imóveis, que valem o total de R$ 132 milhões.

Na Espanha, os alvos foram duas casas, avaliadas em 4 milhões de euros (R$ 25,5 milhões), além de dois apartamentos em Portugal, no valor de 2,5 milhões de euros (R$ 15,9 milhões).

A agência europeia obteve pistas sobre a quadrilha que operava em vários países da UE a partir de relatórios de inteligência com foco no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

A rede teve contato direto com facções criminosas do Brasil e de outros países sul-americanos, que eram responsáveis pela preparação e pelo embarque de cocaína em contêineres de navios, para serem enviados para os portos europeus em grande escala.

A investigação começou em abril deste ano, com a apreensão de mais de 52 toneladas da droga, que chegava ao Velho Continente.