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Guiné receberá mais de 11 mil vacinas contra ebola no domingo

27.jul.2019 - Homem é vacinado contra Ebola no Congo - Anadolu Agency/Anadolu Agency via Getty Images
27.jul.2019 - Homem é vacinado contra Ebola no Congo Imagem: Anadolu Agency/Anadolu Agency via Getty Images

19/02/2021 15h30

A Guiné receberá mais de 11 mil vacinas contra o ebola neste domingo e iniciará a campanha de vacinação na próxima segunda-feira, em meio ao surto declarado no dia 14 de fevereiro, segundo informaram nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do país.

"Pensamos que uma situação semelhante (ao surto anterior do país, a pior epidemia de ebola da história) não é tão provável porque Guiné, Libéria e Serra Leoa adquiriram agora recursos para a prevenção e controle de infecções", disse o diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, em entrevista coletiva.

De acordo com Mohamed Lamine Yansane, assessor do Ministério da Saúde da Guiné, "todas as disposições para a vacinação estão em vigor e as vacinas já estão registradas na Guiné".

"Esperamos que a experiência da epidemia anterior seja de grande utilidade para nós agora. Desta vez, podemos dizer que estamos preparados", disse o médico.

Além deste carregamento de vacinas de Genebra, um outro pacote de 8.600 doses chegará no final do ano dos Estados Unidos, disse Moeti.

A OMS enviou pelo menos 30 especialistas de vacinação para o país e outros 20 para a República Democrática do Congo, onde a campanha de vacinação foi oficialmente lançada em 15 de fevereiro, na sequência da declaração de outro surto de ebola no nordeste, em 7 de fevereiro.

Segundo os últimos dados da OMS e das autoridades nacionais, o número de mortes por ebola na Guiné é agora de cinco pessoas (uma confirmada e quatro prováveis) de um total de sete casos, enquanto na República Democrática do Congo já foram confirmados quatro casos, incluindo duas mortes.

Nesta quinta-feira, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças na África (CDC África), John Nkengasong, admitiu que "existe um sério risco (de o ebola se propagar por outros países da África Ocidental) porque, se olharmos para o mapa, os locais onde foram identificados casos concentram muita circulação humana".

Contudo, Nkenasong frisou que "a consciência e a preparação são muito melhores do que há cinco anos" e que a região está bem mais equipada e "não começa do zero".

Vários países da África Ocidental, como a Libéria, Serra Leoa e Nigéria, já foram colocados em alerta para impedir a propagação da doença nos seus territórios.

A OMS afirmou nesta quinta-feira que o risco de uma epidemia de ebola em países da África Ocidental como Guiné, Serra Leoa e Libéria é "elevado" devido à dimensão, duração e origens desconhecidas do atual surto, e também devido à limitada capacidade de resposta.