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CanSino pede autorização da China para comercializar vacina contra Covid-19

24/02/2021 23h50

Pequim, 24 fev (EFE).- O laboratório chinês CanSino Biologics anunciou nesta quarta-feira que a Administração Nacional de Produtos Médicos da China (NMPA, na sigla em inglês) está processando o pedido enviado pela empresa para comercializar sua vacina contra Covid-19 no país asiático.

Em nota enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong, o laboratório acrescentou que, após completar a terceira fase dos testes clínicos, sua vacina é 65,28% eficaz na prevenção de todos os sintomas da doença 28 dias após a inoculação e 95,47% na prevenção de casos graves após 14 dias.

Segundo a empresa, a vacina atende a todas as normas técnicas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por órgãos reguladores chineses, e já foi aprovada para uso no México, país que já recebeu mais de dois milhões de doses.

Os testes clínicos foram realizados no México, Paquistão, Rússia, Chile e Argentina com a vacinação, segundo a empresa, de mais de 40 mil voluntários.

O soro foi desenvolvido em conjunto com o Instituto de Biotecnologia de Pequim e a Academia de Ciências Médicas Militares, uma instituição afiliada ao Exército chinês.

No dia 31 de dezembro, as autoridades chinesas autorizaram, pela primeira vez, o uso comercial de uma vacina para a Covid-19: a vacina de vírus inativado desenvolvida pela farmacêutica Sinopharm e sua subsidiária Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.

Da mesma forma, no início de fevereiro outra vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela empresa local Sinovac, também recebeu "aprovação comercial condicional" da NMPA, fórmula já utilizada com a da Sinopharm que obriga as empresas a acompanharem a realização de testes clínicos.

A Sinovac então relatou que sua vacina já foi fornecida "a dezenas de milhares de pessoas na China como parte de um programa de uso de emergência lançado em julho e que tinha como alvo grupos específicos com alto risco de infecção".

Só a Sinopharm já distribuiu 43 milhões de doses de sua vacina, das quais 34 milhões foram administradas no país asiático, cuja campanha de vacinação está reduzida, por enquanto, a grupos de inoculação considerados de alto risco de infecção com o novo coronavírus, segundo a emissora estatal "CCTV". EFE

jco/phg