Paraguai expressa preocupação com baixo comparecimento a centros de vacinação
"Isto é o que chama a atenção: as pessoas se registraram, mas não foram se vacinar", disse o ministro durante o ato de comemoração do 210º aniversário da independência do país.
Borba explicou que a situação pode ser resultado das "campanhas contrárias" à vacinação ou do fato de filhos e netos fazerem as incrições, mas os idosos decidem não ir.
A Direção de Vigilância da Saúde começará nos próximos dias a chamar as pessoas registradas que não compareceram para "localizá-las e ver as razões pelas quais não foram vacinadas", como disse Borba.
O ministro também reconheceu que o Ministério da Saúde deveria intensificar as campanhas de sensibilização para que as pessoas sejam vacinadas e percam o medo transmitido pelas mensagens antivacina.
O Paraguai iniciou o plano de vacinação em fevereiro de 2021, com trabalhadores da saúde, e depois passou imunizar maiores de 70 anos. Até agora, 189.585 pessoas já receberam pelo menos uma dose, de acordo com o Ministério da Saúde.
Borba comentou que a pasta estudará reduzir a idade para 68 ou 65 anos, mas que essa decisão dependerá do estoque de vacinas e da chegada de novas doses.
A expectativa para esta sexta-feira é receber um lote de 40 mil doses da Sputnik V adquiridas da Rússia, de um contrato de um milhão, das quais apenas 24 mil chegaram.
O governo paraguaio também espera receber doses do Catar, dos Emirados Árabes, da Índia e parte da enorme cota pendente do consórcio Covax.
No entanto, as autoridades tomaram uma posição cautelosa quanto à chegada das vacinas, uma vez que as entregas anunciadas foram adiadas em várias ocasiões.
O Paraguai contabiliza, desde março de 2020, quando foi confirmado o primeiro caso de covid-19 no país, 307.457 contágios e 7.427 mortes por complicações da doença.
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