Colômbia deixa para trás fase mais mortal da pandemia e acelera vacinação
O Ministério da Saúde relatou nesta segunda-feira 6.636 novos casos de infecção, o menor número desde 24 de março, e 218 mortes por Covid, quantidade não vista desde 5 de abril, quando registrou 199.
Os números da semana passada confirmam que a Colômbia está superando o período mais crítico da crise sanitária, que desde abril levou serviços hospitalares ao colapso.
Entretanto, para que os números relacionados à pandemia caiam ainda mais, as autoridades enfrentam o desafio de superar a rejeição das vacinas por parte de uma parcela da população que duvida de sua eficácia. O medo se baseia em notícias falsas sobre os efeitos colaterais dos imunizantes ou por teorias religiosas alimentadas por algumas igrejas.
De acordo com a pesquisa do Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane), em junho, 64,4% dos entrevistados que não estavam interessados em se vacinar consideravam que a vacina poderia não ser segura devido a potenciais efeitos adversos e 18,5% não acreditavam que fosse suficientemente eficaz.
Por outro lado, os jovens, os últimos a entrarem no Plano Nacional de Vacinação iniciado em fevereiro com profissionais da área da saúde e pessoas com mais de 80 anos, estão se amontoando nos pontos de imunização.
Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde abriu a vacinação para pessoas entre 25 e 30 anos de idade, e logo no primeiro dia o número de imunizações dobrou, com um recorde de 550.832 doses aplicadas.
O governo espera abrir as etapas restantes da campanha ainda neste mês, já que o país superou os obstáculos iniciais, tais como a falta de doses.
Com 4.801.050 casos de coronavírus e 121.216 mortes por Covid-19 até agora, a Colômbia recebeu 35.814.754 doses de vacinas de cinco laboratórios - Pfizer, Sinovac, AstraZeneca, Janssen e Moderna - e aplicou 28,1 milhões. Desse total, mais de 15,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose e outras 12,3 milhões têm a programação completa, o que equivale a 25% da população nacional.
No entanto, preocupa as autoridades a proliferação da variante delta, culpada pelo aumento das infecções em países onde os números já haviam diminuído. Na Colômbia, ela foi identificada justamente quando o país começa a emergir do pico mais letal da pandemia.
Apesar da queda nos números, as autoridades estão preocupadas que a cepa aumente a transmissibilidade e a virulência, piore o comportamento epidemiológico do vírus, diminua a eficiência das medidas de controle e possa potencialmente escapar da resposta representada pela vacina.
O Ministério da Saúde também advertiu que a transmissibilidade da variante delta é maior. O SARS-CoV-2 "original" passava de uma pessoa para uma ou duas, enquanto a cepa pode ir de um sujeito a até dez, além de ter sintomas mais graves mais rapidamente. EFE
kvg/dr
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