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Hospitais de Les Cayes estão sobrecarregados por vítimas do terremoto

17/08/2021 04h22

Les Cayes (Haiti), 16 ago (EFE).- Os hospitais da cidade de Les Cayes foram saturados nesta segunda-feira pela avalanche de pessoas feridas no terremoto de magnitude 7,2 que causou danos maciços no sudoeste do Haiti no último sábado.

O abalo sísmico deixou até agora mais de 1,3 mil mortos e quase 7 mil feridos, além de destruição ou danos estruturais em cerca de 30 mil casas, de acordo com números divulgados pela Defesa Civil nesta segunda.

As autoridades pretendem liberar novos números de vítimas nas próximas horas, após a conclusão de uma reunião ministerial liderada pelo premiê Ariel Henry no Centro Nacional de Operações de Emergência (Coun), em Porto Príncipe.

HOSPITAIS SATURADOS.

No Hospital Geral de Les Cayes, o afluxo de feridos foi tão grande que o pessoal médico colocou adesivos numerados na testa para identificá-los.

Os feridos com fraturas que não correr risco de morrer tiveram de aguardar na área externa do centro médico para serem tratados. Para piorar, é esperada para as próximas horas a chegada de chuvas causadas pela depressão tropical Grace, cujos efeitos já estão sendo sentidos em Porto Príncipe.

No aeroporto de Les Cayes, que não foi danificado, muitos feridos graves estavam esperando para serem transferidos de helicóptero para a capital ou para outras cidades.

Desde domingo, equipes da Guarda Costeira dos Estados Unidos, que também enviou uma equipe de resgate de 65 pessoas ao país caribenho, têm ajudado a transportar as pessoas machucadas.

O governo haitiano informou nesta segunda-feira que, até agora, 19 cirurgias foram realizadas e 1.710 pessoas feridas foram tratadas em hospitais públicos. Da mesma forma, 74 especialistas em saúde foram destacados para a área, segundo o Ministério de Saúde Pública.

REGIÃO EM ESCOMBROS E PROMESSA DE AGILIDADE.

Grande parte de Les Cayes, com 100 mil habitantes, e de outras cidades no sudoeste da península do Haiti, foram reduzidas a escombros. Entretanto, o aeroporto local permaneceu intacto, permitindo a entrega de suprimentos médicos e ajuda humanitária doados por países estrangeiros, que começaram a chegar a Porto Príncipe neste domingo.

Hoje, escavadoras ajudaram a limpar os escombros dos edifícios desmoronados para procurar sobreviventes, enquanto em outros lugares da região, máquinas estavam trabalhando para desbloquear várias estradas, que foram afetadas por deslizamentos de terra.

Os residentes de Les Cayes estão esperando a chegada da depressão tropical Grace, muitos deles sem teto, depois que 13.694 casas foram destruídas e 13.585 ficaram danificadas.

"A partir de segunda-feira, vamos agir mais rapidamente. A gestão da ajuda será acelerada. Vamos redobrar nossas energias para alcançar, em termos de assistência, o maior número possível de vítimas", prometeu Henry em sua conta oficial no Twitter.

Para melhorar a coordenação das operações de resgate, o primeiro-ministro haitiano garantiu que a presença de ministros e outros funcionários do governo no terreno será fortalecida. EFE

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(foto) (vídeo)