Topo

Esse conteúdo é antigo

Alto comissário da ONU para Refugiados se reúne com talibãs

13/09/2021 16h58

Cabul, 13 set (EFE).- O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, o italiano Filippo Grandi, se reuniu nesta segunda-feira com o ministro para Refugiados e Repatriação do Afeganistão, Khalil Rahman Haqqani, em uma das primeiras reuniões oficiais do novo governo talibã com representantes da comunidade internacional.

O chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) se reuniu hoje com Haqqani para tratar "da continuidade da cooperação e da distribuição de assistência aos deslocados e repatriados", disse uma fonte do Ministério dos Refugiados e Repatriação à Agência Efe, que pediu anonimato.

De acordo com a fonte, o ministro dos Refugiados salientou a necessidade de manter "transparência" na prestação de assistência humanitária e "coordenação" entre o seu gabinete e o Acnur para garantir o trabalho e a segurança da missão no país.

"O ministro para Refugiados garantiu ao Acnur a segurança dos funcionários da ONU e de outras organizações humanitárias no Afeganistão", disse a fonte.

O alto comissário chegou hoje à capital afegã para, disse Grandi em mensagem no Twitter, avaliar a "grave" situação humanitária no Afeganistão, agravada desde que o Talibã assumiu o poder.

A visita de Grandi a Cabul coincide com a realização de uma conferência de ajuda internacional da ONU, a fim de obter um consenso global para responder à crise afegã.

A conferência internacional sobre o Afeganistão, convocada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, está sendo realizada hoje para expressar o apoio ao povo afegão na atual crise e para arrecadar fundos que visam atender às suas necessidades humanitárias.

"O povo do Afeganistão está enfrentando uma calamidade humanitária. Este é o momento para a comunidade internacional estabelecer uma tábua de salvação e fazer tudo o que pudermos e devemos para ajudá-los a manter a esperança", disse Guterres, hoje, em uma mensagem no Twitter.

A ONU busca arrecadar com esta conferência pelo menos US$ 606 milhões para ajudar 11 milhões de pessoas, quase um terço da população afegã.

Da mesma forma, a situação no país será abordada na sessão do Conselho de Direitos Humanos, que abre hoje a sua 48ª sessão.