Topo

Esse conteúdo é antigo

Dia da Revolução será o primeiro grande evento no México durante a pandemia

04/10/2021 15h22

Cidade do México, 4 out (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta segunda-feira que o Dia da Revolução Mexicana, comemorado em 20 de novembro, será o primeiro grande evento político na Praça da Constituição, conhecida como Zócalo, na capital mexicana, que o público poderá assistir desde o início da pandemia da covid-19.

"Vamos comemorar a Revolução Mexicana no dia 20 de novembro no Zócalo na Cidade do México. Será o primeiro ato. Aproveito para convocar todas as pessoas", disse López Obrador, durante entrevista coletiva realizada na cidade de Puebla.

O presidente frisou que em outubro todos os adultos terão recebido pelo menos uma dose da vacina, assegurou que "o número de infecções" da covid-19 já está diminuindo e disse que "as pessoas querem agora mais participação" na vida pública.

Desde o início da pandemia em fevereiro de 2020, os principais eventos políticos no Zócalo acontecem a portas fechadas, como os dois últimos Gritos de Independência, nos quais López Obrador comemorou a secessão mexicana em frente a uma praça vazia.

López Obrador, relutante em usar máscara em público, disse que "quem quiser se proteger ainda mais pode usar máscara" durante o evento no Zócalo e destacou: "Precisamos nos reunir, estar juntos".

O presidente lembrou que no dia 20 de novembro, o México comemora a convocação de Francisco Ignacio Madero para "pegar em armas para derrubar o ditador Porfirio Díaz" em 1910.

Ele descreveu o feito revolucionário como um "extraordinário evento histórico mundial" e censurou os "conservadores neoliberais" por "quererem esquecê-lo".

O México acumula 3,7 milhões de casos e 279 mil mortes por covid-19, sendo o quarto maior número do mundo depois dos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Na semana passada, o governo mexicano garantiu que a terceira onda da covid-19, que atinge o país há mais de três meses, está na oitava semana de redução dos casos.

Até o momento, 46 milhões de seus 126 milhões de habitantes do país receberam a dosagem completa da vacina. EFE