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Nikolas Cruz se declarará culpado por massacre de 2018 em escola nos EUA

15/10/2021 16h22

Miami, 15 out (EFE).- Nikolas Cruz, o jovem que confessou à polícia ser o autor do massacre cometido em uma escola de Parkland, na Flórida, no dia 14 de fevereiro de 2018, vai se declarar culpado pelas mortes de 17 pessoas na semana que vem, segundo os advogados.

Cruz, hoje com 23 anos, foi identificado como autor dos tiros na escola Marjorie Stoneman Douglas e preso no mesmo dia do massacre, no qual morreram 17 pessoas, 14 delas estudantes.

A juíza Elizabeth Scherer marcou uma audiência para a próxima quarta-feira, após Cruz ter se declarado nesta sexta-feira culpado por agredir um guarda na prisão em novembro de 2018.

O jovem esteve presente juntamente com os seus advogados na audiência desta sexta-feira, que foi rodeada por muita expectativa, uma vez que a imprensa local havia antecipado que ele se declararia culpado de 17 acusações de homicídio e 17 acusações de tentativa de homicídio no tiroteio na escola.

A notícia levou a promotoria a dizer que não chegou a um acordo com a defesa sobre as acusações e que a confissão de culpa não impedirá que Cruz seja julgado por um júri e possa receber a pena de morte.

O acusado, que era estudante da escola e foi expulso por má conduta, tinha um arsenal de armas em sua casa. Ele foi preso no dia do massacre, no qual matou 17 pessoas, 14 delas estudantes, e confessou à polícia que era o autor do crime.

Desde então, o jovem está detido em uma prisão de Broward à espera de um julgamento que já foi adiado várias vezes por diversas razões, incluindo a pandemia de covid-19.

A defesa tem abordado repetidamente a acusação com um acordo de prisão perpétua para Cruz em troca de uma confissão de culpa, mas os promotores sempre recusaram a proposta.

A venezuelana Patricia Oliver, mãe de Joaquín Oliver, um dos estudantes mortos no massacre, disse à Agência Efe nesta sexta-feira que prefere a prisão perpétua, por convicção pessoal e porque acredita que implica "maior sofrimento" para a pessoa condenada. EFE