EUA dizem que governo da Nicarágua se transformou em "ditadura"
Zúñiga fez a declaração em uma teleconferência na qual comentou o pleito do último domingo na Nicarágua, que, segundo ele, "não têm legitimidade", porque "ninguém se deixa enganar pela farsa eleitoral" vencida pelo atual presidente, Daniel Ortega.
"É uma ditadura, simplesmente (...) Tornou-se mais claro do que nunca que Ortega e (sua esposa e vice-presidente Rosario) Murillo impuseram uma ditadura baseada no personalismo e no poder familiar", disse o secretário adjunto.
Zúñiga também afirmou que os EUA continuarão a utilizar medidas "diplomáticas" e "coordenadas" com parceiros regionais, como sanções e "restrições de visto", para promover a "responsabilização" dos "cúmplices" do governo Ortega.
Espera-se que o presidente dos EUA, Joe Biden, assine a chamada lei "Renascer" (Reforço da Aplicação das Condições para a Reforma Eleitoral na Nicarágua) no futuro próximo. Ela visa expandir a supervisão dos empréstimos das instituições financeiras internacionais para o país centro-americano.
Zúñiga também pediu aos países latino-americanos a darem "uma resposta vigorosa" à Nicarágua durante a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que começa amanhã.
O presidente nicaraguense ganhou as eleições de domingo com ampla margem, após sete candidatos presidenciais que eram seus principais concorrentes terem sido presos nos últimos meses.
Ortega, que voltou ao poder em 2007 após liderar uma junta governamental de 1979 a 1985 e presidir pela primeira vez a Nicarágua de 1985 a 1990, conquistou seu quinto mandato e quarto consecutivo. EFE
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