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Holanda antecipa fechamento de estabelecimentos por recorde de casos de Covid

12/11/2021 22h56

Haia, 12 nov (EFE).- O governo Holanda determinou nesta sexta que a partir deste sábado o fechamento de lojas não essenciais acontecerá às 18h, e o de hotéis, supermercados e farmácias, às 20h, em medida para tentar combater o aumento de casos de Covid-19, um dia depois que o país registrou recorde de contágios.

"As restrições são inevitáveis", declarou o primeiro-ministro interino, Mark Rutte, em entrevista coletiva. "O vírus está em toda parte, em todas as idades e em todos os setores", completou.

As medidas que entrarão em vigor amanhã serão aplicáveis até pelo menos 4 de dezembro e exigirão que as pessoas nos bares, terraços e restaurantes permaneçam sentadas o tempo todo.

Cabeleireiros, profissionais do sexo e massagistas, bem como lojas não essenciais, terão que deixar de prestar serviços a partir das 18h.

O fechamento dos restaurantes às 20h é uma concessão do governo para o setor, pois as autoridades originalmente planejavam antecipar o encerramento das atividades para as 19h. Depois desse horário, os estabelecimentos poderão continuar servindo alimentos para entrega.

Em universidades e centros de treinamento, o número máximo de alunos por sala de aula será de 75 pessoas, uma medida que não terá que ser aplicada no caso de uma prova.

Da mesma forma, o passe covid será mantido para acesso a hotéis, cinemas, teatros, piscinas e academias, bem como o uso de máscaras em supermercados, lojas não essenciais, transporte público e edifícios oficiais.

Rutte pediu para as empresas implementarem o teletrabalho sempre que possível e recomendou que a população limite as visitas a quatro pessoas por domicílio e restabeleçam a distância de segurança de 1,5 metro em locais onde não é solicitado um passe covid.

Se alguém apresentar resultado positivo, a quarentena será aplicada não só à pessoa infectada, mas também ao restantes das pessoas que vivem com o paciente.

Os eventos esportivos voltarão a ter portões fechados durante as próximas três semanas, incluindo todos os jogos do Campeonato Holandês de futebol e a partida decisiva da seleção nacional contra a Noruega, em Roterdã, na próxima terça-feira, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

O premiê descartou outras medidas mais duras exigidas pela equipe de gestão de surtos, um grupo de especialistas que aconselham o governo e que sugeriu o fechamento de cinemas e teatros e o cancelamento de eventos de massa.

Entretanto, o gabinete de Rutte vem considerando pedir ao parlamento a prorrogação do passe covid, que atualmente é necessário para entrar em bares, restaurantes, piscinas e academias. Atualmente, para obter um documento do tipo, é preciso atender pelo menos um dos três requisitos: ter um cronograma completo de vacinação, ter tido a doença recentemente ou apresentar um teste negativo.

A medida é conhecida como 3G na Alemanha e na Áustria, mas o governo holandês quer passar para 2G, eliminando a opção de um teste negativo. A ideia é aumentar o número de pessoas vacinadas.

Na próxima semana, terá início a aplicação de doses de reforço de imunizantes contra a Covid-19 em pessoas maiores de 80 anos, trabalhadores da área de saúde e funcionários de asilos e casas de repouso.

A Holanda registrou 16.287 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, quase o mesmo número da última quinta-feira, quando foi atingido o maior número desde o início da pandemia, com 16.364. A incidência é de 93,2 infecções por 100 mil habitantes.

"A pressão sobre o sistema de saúde é novamente extremamente alta". As cirurgias de quadril, joelho e coração estão sendo adiadas novamente, às vezes pela segunda vez", alertou o primeiro-ministro.

A porcentagem da população acima dos 12 anos de idade sem o regime completo de vacinação contra o coronavírus é de 17,6%, mas os não vacinados ocuparam 56% dos leitos hospitalares para pacientes com Covid-19 em outubro. O número subiu para 70% nas unidades de terapia intensiva, de acordo com os números divulgados pelo Ministério da Saúde holandês. EFE