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EUA retiram Farc da lista de organizações terroristas após 24 anos

30/11/2021 17h52

Washington, 30 nov (EFE).- O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira a retirada das antigas Farc da lista de grupos terroristas, depois de 24 anos da inclusão, ao garantir que não se trata mais de uma "organização unificada".

"Após o acordo de paz com o governo da Colômbia, as Farc se dissolveram e se desarmaram formalmente. Já não existem mais como uma organização unificada, que esteja envolvida com o terrorismo, em atividades terroristas ou que tenha capacidade ou intenção de fazê-lo", afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, por meio de comunicado.

A decisão acontece poucos dias depois da celebração do quinto aniversário do acordo de país firmado entre o extinto grupo guerrilheiro e o governo da Colômbia, então presidio por Juan Manuel Santos.

O Departamento de Estado informou, contudo, que o anúncio da retirada da lista de organizações terroristas não elimina as acusações que possam surgir nos Estados Unidos por narcotráfico e outros crimes, contra antigos integrantes das Farc.

Blinken afirmou que, com essa decisão, está se tentando um reforço na capacidade de Washington de "apoiar melhor a adoção dos acordos de 2016, inclusive, no trabalho com combatentes desmobilizados".

Além disso, o comunicado divulgado pelo Departamento de Estado aponta que foram incluídas na lista de organizações terroristas dois grupos associados às Farc, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Exército do Povo (Farc-EP) e o grupo Segunda Marquetalia.

Os líderes desses grupos, Luciano Marín Arango, Hernán Dario Velásquez Saldarriaga, Henry Castellanos Garzón, Nestor Gregorio Vera Fernández, Miguel Santanilla Botache e Euclides España Caicedo também passam a fazer parte da relação americana.

As Farc foram incluídas na lista americana em 1997, por consequência, os membros tiveram a entrada proibida nos Estados Unidos, além de restrito o acesso ao sistema financeiro internacional, entre outras sanções. EFE