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Ucrânia calcula que Rússia mantém mais de 94 mil militares na fronteira

03/12/2021 12h50

Moscou, 3 dez (EFE).- O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, afirmou nesta sexta-feira que os serviços de inteligência do país calculam a presença de mais de 94 mil militares da fronteira da Rússia e que o momento para um eventual ataque do vizinho seria no fim de janeiro de 2022.

Nossa inteligência está analisando todos os cenários, incluindo os piores. Dizem que há uma possibilidade de uma escalada de grande alcance por parte da Rússia", disse o integrante do governo, durante audiência no Parlamento, informou a agência de notícias ucraniana "Ukrinform".

Reznikov detalhou que de acordo com as agências especializadas do país, "o momento mais provável para alcançar a preparação para essa escalada será no fim de janeiro".

O ministro da Defesa da Ucrânia destacou que uma ação militar "é um cenáro provável, mas não certeiro, e nossa tarefa é voltar atrás".

"Quanto melhor trabalhemos, sozinhos ou com aliados, menor será o risco dessa escalada. A forma é fazer com que o preço de uma possível escalada seja inaceitável para o agressor", garantiu Reznikov.

O ministro garantiu que "a Ucrânia está mais interessada em um cenário político e diplomática de concordância" sobre o conflito na região do Donbass, onde a Rússia apoia, desde 2014, grupos separatistas em conflito com o Exército local.

A Rússia afirma que não pode retirar tropas da região, pois o país vizinho quer retomar territórios "a força".

Reznikov lamentou que Moscou, faz um ano, utiliza a tática de concentrar efetivos nas proximidades das fronteiras ucranianas e depois retirá-los, deixando equipamentos para trás.

"Em abril e setembro deste ano, a Rússia aproximou mais de 50 grupos táticos na nossa fronteira. Atualmente, são 41, deixando em constante alerta a Ucrânia e a península da Crimeia, que está ocupada temporariamente", disse o ministro da Defesa.

"O número total de homens na Rússia, assim como nos territórios ocupados temporariamente, que podem ser utilizados para a escalada, é estimado hoje em 94,3 mil", disse Reznikov.

Além disso, o ministro revelou a presença de dois grandes navios no Mar báltico, com mais sete podendo chegar em pouco tempo, assim como mais 900 militares e até 250 veículos blindados de combate. EFE