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Partido Liberal aprova pacto de coalizão com SPD e Verdes na Alemanha

05/12/2021 19h16

Berlim, 5 dez (EFE).- Em um congresso extraordinário realizado neste domingo, o Partido Liberal aprovou o acordo de coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD) e o Partido Verde, que deverá levar à posse de um novo governo na próxima quarta-feira.

Os Liberais são a segunda legenda a ratificar o pacto, um dia depois da aprovação interna no SPD, liderado pelo chanceler designado Olaf Scholz. Já os Verdes votarão o acerto nesta segunda.

O líder liberal Christian Lindner, futuro ministro das Finanças, argumentou na conferência realizada primordialmente via internet que o acordo da coalizão estabelece as bases para um governo de centro e que não haverá qualquer giro à esquerda. "O pacto descreve uma nova política em nosso país, uma política de inovação, pronta para ousar mais progresso", destacou Lindner, que garantiu refletir um grande número de aspirações do Partido Liberal.

Entre eles, o líder da formação destacou a manutenção de orçamentos equilibrados e a ativação da iniciativa privada na Alemanha, bem como o impulsionamento da digitalização e oportunidades de avanço social.

"O freio da dívida tem que ser e será mantido, porque sustentabilidade e justiça intergeracional não são apenas conceitos de proteção climática, mas também de finanças públicas", destacou Lindner. "Estou convencido de que este país se beneficiará desta coalizão. É possível um novo renascimento para a Alemanha", completou.

Com a aprovação do pacto pelos Liberais, tudo o que resta ver é o resultado da consulta popular em andamento dos Verdes para o mesmo efeito, que será apresentada nesta segunda-feira, permitindo que o contrato da coalizão seja assinado na próxima terça.

Ao lado do poderoso Ministério da Fazenda, espera-se que o Partido Liberal assuma as pastas de Transporte e Digitalização, que serão realizadas pelo secretário-geral do partido, Volker Wissing, e Justiça e Educação, que irão para Marco Buschmann e Bettina Stark-Watzinger, respectivamente.

Com relação à quarta onda da pandemia, Lindner destacou no início de seu discurso pela responsabilidade individual e pediu para a população se vacinar e restringir os contatos.

"A liberdade perde seu valor se não puder ser vivida. Em uma pandemia não se trata de escolher entre liberdade e proteção da saúde, mas de encontrar um equilíbrio entre os dois", opinou o chefe do Partido Liberal, que apontou que, de acordo com algumas pesquisas, 77% dos eleitores da legenda são a favor da vacinação obrigatória.

O ministro da Justiça designado Marco Buschmann afirmou à emissora de televisão "ZDF", à margem do congresso, que a exigência de vacinação, que o novo governo pretende implementar, não seria implementada "até fevereiro ou março" porque precisa ser "bem preparada". EFE

cph/dr