EUA defenderam liberdade de países entrarem na Otan, diz chanceler russo
Lavrov também afirmou que Blinken prometeu a ele que a Rússia receberá as respostas por escrito que exigiu para suas propostas sobre o congelamento da expansão da Otan no Leste Europeu na próxima semana.
A Rússia esperava que os EUA apresentassem em Genebra essas respostas, que ela considera uma garantia formal a suas reivindicações em meio às tensões envolvendo uma possível entrada da Ucrânia na Otan.
Até agora, as respostas foram verbais, mas a delegação americana tentou enfatizar durante a reunião "os problemas na fronteira russo-ucraniana, tentando condicionar o restante à necessidade da chamada desescalada" nas tensões.
O chanceler russo disse que, após obter as respostas por escrito e elas serem examinadas pelo governo, a Rússia vai decidir o melhor caminho a seguir.
Ele acrescentou que o presidente do país, Vladimir Putin, já indicou que está sempre disposto a se encontrar novamente com o presidente americano, Joe Biden, mas Lavrov enfatizou que, para que isso ocorra, "todos nós entendemos quais teriam que ser os resultados".
Putin e Biden se encontraram pela primeira vez como líderes em Genebra em junho do ano passado, quando concordaram em promover um diálogo estratégico para chegar a acordos que evitassem uma corrida armamentista ampla.
Lavrov também declarou após a reunião que reiterou ao chefe da diplomacia americana que a Rússia não tem intenção de atacar a Ucrânia e que a instabilidade vivida pelo país vizinho não é resultado de ações russas, mas de seus próprios problemas internos.
"Não ouvi hoje nenhum argumento que sustente a posição dos EUA sobre o que está acontecendo na fronteira russo-ucraniana. Apenas preocupação, preocupação e preocupação, mas nossa preocupação é com fatos reais que ninguém está escondendo: o fornecimento de armas para a Ucrânia, o envio de centenas de instrutores militares ocidentais", disse Lavrov.
O chanceler russo também criticou a intenção da UE de criar uma missão de treinamento militar na Ucrânia.
"Esta já é uma interessante guinada nas ambições da UE", afirmou. EFE
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