López Obrador confirma investigação, mas defende inocência de seu filho
"A investigação está aberta, para ver de quem é a casa, quais contratos receberam da Pemex (Petróleos Mexicanos), quem os autorizou. Bem, não vão encontrar nada, absolutamente nada, mas fizeram o escândalo", declarou López Obrador durante sua tradicional coletiva de imprensa diária.
Nas declarações, o presidente mexicano se referiu à investigação da Latinos e Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade (MCCI), que revelou na última sexta-feira que López Beltrán morava em Houston em uma propriedade de um alto executivo da Baker Hughes, uma empreiteira da Pemex.
Atualmente, essa empresa tem contratos de mais de US$ 151 milhões com o governo do México, segundo a investigação.
López Beltrán e sua parceira, Carolyn Adams, ocuparam entre 2019 e 2020 uma casa que pertenceu a Keith L. Schilling, da Baker Hughes, que em agosto de 2019 assinou um contrato com a Pemex no valor de US$ 85 milhões em Villahermosa, segundo a MCCI.
Embora a organização civil tenha apresentado documentos dos contratos, López Obrador a desafiou para que entregasse provas na Procuradoria Geral da República do México (FGR).
"Se tiverem provas, podem apresentar. Não protegemos ninguém, estou aqui para cumprir o mandato popular de banir a corrupção", assegurou.
Durante a coletiva, o presidente mexicano não negou os fatos da investigação, que mostram a vida abastada de seu filho em Houston, onde agora se mudou para uma nova residência avaliada em cerca de US$ 1 milhão no condado de Harris, no nome de Adams.
Mesmo assim, insistiu em chamar o jornalista Carlos Loret de Mola, que revelou a investigação na MCCI, de "mercenário" e "golpista".
Por fim, López Obrador pediu à FGR que investigasse, mas "não acumulasse casos, porque isso também estimula a imprensa conservadora" a criticar o governo.
"Seja lá quem for, mesmo que sejam meus filhos? Mas posso dizer que não somos iguais, temos princípios, temos ideais. Ontem Loret de Mola não gostou de como eu o defini", completou. EFE
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