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OMS: chance de controlar pandemia em 2022 corre 'risco de ser desperdiçada'

16 fev. 2021 - Profissional de saúde segura seringa e um frasco de vidro com doses da vacina contra a covid-19, em Santiago, Chile - Claudio Santana/Getty Images
16 fev. 2021 - Profissional de saúde segura seringa e um frasco de vidro com doses da vacina contra a covid-19, em Santiago, Chile Imagem: Claudio Santana/Getty Images

14/02/2022 20h45

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira que a possibilidade de que a pandemia da covid-19 esteja sob controle em 2022 permanece, mas que o planeta "corre um crescente risco de desperdiçá-la".

A declaração foi dada em uma mensagem dirigida ao Encontro de Ação Global contra a doença provocada pelo novo coronavírus, organizado pelos Estados Unidos.

Tedros alertou que o número de casos leves da covid-19 em países com taxas altas de vacinação "está impulsionando a falsa narrativa de que a pandemia terminou".

O diretor-geral da OMS indicou que a sensação de melhora chega aos países conde a imunização por vacina e a testagem são mais baixas, o que gera preocupação.

"Cria as condições ideais para que surjam novas variantes do novo coronavírus", disse o etíope.

Tedros afirmou que 116 países correm o risco de não alcançar o objetivo global de que 70% da população tenha sido vacinada até o meio deste ano, o que é considerado necessário, por especialistas, para que seja alcançada a imunidade de grupo.

"Precisamos urgentemente que os líderes políticos sejam incentivados a acelerar a distribuição de vacinas", disse o diretor-geral da OMS.

Tedros ainda reforçou o chamado para que a comunidade internacional, em especial as economias desenvolvidas, doem US$ 16 bilhões (R$ 83,3 bilhões) para a iniciativa Acelerador ACT, que visa financiar a distribuição de vacinas, testes e outras ferramentas de combate à covid-19.

Além disso, o líder da OMS pediu apoio a modelos como o centro de transferência tecnológica criado na África do Sul, que visa fazer com quem países em desenvolvimento também desenvolvam vacinas baseadas na técnica de RNA mensageiro, que se mostrou efetiva contra a covid-19.