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Cuba exige participar da Cúpula das Américas e critica Estados Unidos

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel - Mikhail Svetlov/Getty Images
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Imagem: Mikhail Svetlov/Getty Images

02/05/2022 20h53Atualizada em 02/05/2022 21h02

Havana, 2 maio (EFE).- O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, exigiu nesta segunda-feira a participação de seu país na IX Cúpula das Américas e afirmou que os Estados Unidos não podem vetar sua presença.

Díaz-Canel fez tais declarações enquanto participava de um fórum de solidariedade com Cuba, em Havana, no qual se dirigiu aos mais de mil representantes de mais de 50 nações que viajaram ao país por ocasião do primeiro de maio.

"Queremos uma Cúpula das Américas e não uma cúpula dos Estados Unidos e seus Estados seletivos", disse Díaz-Canel sobre a reunião, marcada para o início de junho, em Los Angeles (EUA), segundo informações de meios de comunicação oficiais.

O presidente cubano descreveu a política de Washington em relação ao seu país como "fracassada" e denunciou que os EUA têm o objetivo de "exercer a máxima pressão, a fim de gerar desestabilização".

No entanto, disse estar certo de que com esta política, os Estados Unidos "voltarão a fracassar em seu propósito de derrubar a revolução".

"Os grandes desafios da humanidade não se resolvem através do confronto e da violência, mas com solidariedade e cooperação", acrescentou Díaz-Canel, considerando que "a solidariedade não pode ser bloqueada".

Nesse sentido, o presidente agradeceu a declaração assinada pelos participantes do fórum contra a exclusão de Cuba - e de outros países do continente - deste encontro de líderes.

Os 1.077 participantes - de 60 países de 219 associações e organizações - assinaram mais uma declaração contra o bloqueio (embargo) dos Estados Unidos.

Díaz-Canel aproveitou a oportunidade para agradecer aos participantes do fórum por seu apoio a Cuba e sua presença no evento do Dia do Trabalho na Praça da Revolução, em Havana.

Cuba "nunca esquecerá este dia ou aqueles que vieram se juntar a nós na primeira celebração do Primeiro de Maio, nas condições muito difíceis em que a pandemia deixou o mundo dos trabalhadores em todas as latitudes", acrescentou.

Entre os países representados estavam Brasil, Venezuela, Bolívia, Chile, México, Uruguai, Colômbia, Panamá, Espanha, Canadá, África do Sul, entre outros.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou na semana passada que o governo dos Estados Unidos estava excluindo seu país dos preparativos da Cúpula das Américas.

No dia seguinte, o secretário de Estado adjunto dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian A. Nichols, reconheceu que era "improvável" que seu país convidasse Cuba, Nicarágua e Venezuela.