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China prolonga manobras militares no entorno de Taiwan

08/08/2022 15h36

Pequim, 8 ago (EFE).- O exército da China prolongou durante esta segunda-feira as manobras militares que faria de quinta-feira até ontem no entorno de Taiwan, em resposta à passagem pela ilha da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

O Exército Popular de Libertação (EPL) anunciou, através da rede social Weibo (equivalente ao Twitter, que é censurado no país asiático), que continua "realizando exercícios práticos conjuntos no espaço aéreo e marítimo ao redor da ilha de Taiwan".

As manobras que Pequim coordenou nos últimos dias, com fogo real e lançamento de mísseis de longo alcance, foram classificadas pelo governo taiwanês como "irresponsáveis", além de gerar inúmeras demonstrações de preocupação na comunidade internacional.

Os exercícios desta segunda-feira se concentraram em operações antissubmarino e ataques aéreos com embarcações como alvo, indica comunicado do EPL.

As autoridades, contudo, não especificaram a localização das manobras adicionais, nem se seguem as iniciadas nos últimos dias em seis zonas, entre elas a 20 quilômetros de Kaohsiung, a principal cidade do sul de Taiwan.

Ontem deveria ter sido o último dia de atividades, embora o governo chinês não tenha divulgado o prazo oficial.

Neste domingo, as manobras se concentraram em "testar as capacidades de fogo conjunto para ataques terrestres e ataques aéreos de longo alcance", ações que Taiwan denunciou e indicou ter acompanhado "de perto" com suas forças armadas.

Durante os exercícios, houve detecção de queda de mísseis de longo alcance nas águas do mar do Japão, o que gerou um protesto oficial do governo do país.

O Ministério da Defesa de Taiwan denunciou nos últimos dias que diversos navios e aviões militares da China cruzaram a linha média do Estreito de Formosa, que, na prática, é uma fronteira não oficial, que vinha sendo respeitada pelos dois lados. EFE