Credores têm dúvidas sobre alcance de delação das Americanas
Do UOL
18/08/2023 06h24
Esta é a versão online da newsletter Pra Começar o Dia enviada hoje (18). Quer receber antes o boletim e diretamente no seu email? Clique aqui. Os assinantes UOL ainda podem receber dez newsletters exclusivas toda semana.
********
Comitê independente apura o rombo. O alcance da delação premiada de dois ex-diretores das Americanas ainda é visto com ceticismo por parte de credores da companhia, que omitiu do balanço ao menos R$ 20 bilhões. Foi a maior fraude corporativa já registrada no país, escrevem Graciliano Rocha e Pedro Canário.
No dia 15, a Justiça Federal do Rio homologou a delação de Flavia Carneiro e Marcelo Nunes, ex-dirigentes da empresa, que negociaram benefícios processuais em troca de revelar como as dívidas foram escondidas, principalmente com bancos, para produzir artificialmente "lucros" transformados em bônus a executivos e dividendos a acionistas. Segundo fontes ligadas a dois bancos, a dúvida é se a delação ficará circunscrita ao ex-presidente Miguel Gutierrez e aos outros membros da diretoria ou se alcançará os três acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Reeducação nas praças contra o machismo e o racismo. "Não temos só o assédio sexual ou importunação, são muitos os tipos. Eu reconheci os assédios que eu sofri ouvindo falar, lendo sobre, e percebendo que eu me encaixava em 100% das situações. Sofri todos os tipos de assédio e não entendia sobre. A sociedade naturalizou comportamentos."
O desabafo é da atriz Thaís Araújo, em ação na Cinelândia, no Rio, contra o assédio em locais públicos e privados. Ela conversou com o colunista Lucas Pasin, de Splash. A parceria com a prefeitura do Rio levantou estátuas em tamanho real representando a grande porcentagem de mulheres que já sofreram com o problema. Leia aqui.
Suécia x Austrália, sábado, às 5h. Tem sido uma jornada de descobrimentos, a Copa do Mundo feminina que começou em 20 de julho com o número recorde de 32 seleções participantes e superou novas marcas: de público nos estádios, de audiência em vários canais de transmissão, de interesse geral, enfim. Foram 2 bilhões de pessoas vendo os jogos pela TV, revelou Gianni Infantino, presidente da Fifa. A abertura começou com uma surpresa, a vitória da Nova Zelândia sobre a Noruega, mas pouca gente longe da Oceania notou na hora que era surpresa. Precisou a ex-primeira-ministra Jacinda Ardern divulgar que aquele primeiro gol era histórico.
As anfitriãs que restam são as australianas, no sábado (19) as Matildas fazem o jogo da vida contra a Suécia. No domingo (20), as inglesas são favoritas na final contra as espanholas. Luiza Sá escreve sobre a mentalidade e liderança da técnica Sarina Wiegman que transformaram a seleção em potência mundial.
O pior dos dias para Jair Bolsonaro. As reiteradas tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro de atacar o sistema eleitoral (que o elegeu) receberam críticas desde a manhã de quinta (17), nas falas dos deputados e senadores que ouviam o hacker Walter Delgatti na CPI do 8 de Janeiro. No final do dia, veio o segundo round: a capa da revista Veja sobre a mudança de estratégia da defesa de Mauro Cid e a intenção de confessar que as negociações sobre joias e relógios foram feitas a pedido do ex-presidente.
Foi o pior dia da existência política de Bolsonaro, escreve Reinaldo Azevedo. "Quando estiver sendo recolhido a um presídio, certamente há de doer um pouco mais", aposta o colunista, para quem uma confissão não poderá esconder crimes dos envolvidos. O ministro Alexandre de Moraes (STF) autorizou a quebra de sigilo fiscal de Bolsonaro e Michelle pedida pela PF.
Hacker revela promessa de indulto presidencial. Walter Delgatti já tinha agendada a viagem de volta para a prisão de Araraquara (SP), mas seu depoimento na quinta (17) à CPI do 8 de Janeiro causou alvoroço, e a Polícia Federal vai ouvir o hacker novamente nesta sexta (18). Juliana Dal Piva escreve que os investigadores identificaram contradições entre o que Delgatti disse ao Congresso e seu depoimento para a PF na véspera.
Entre outras revelações, o hacker contratado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse que recebeu promessa de indulto do ex-presidente Jair Bolsonaro para fraudar as urnas eletrônicas e colocar a lisura das eleições em dúvida. Ele também deu detalhes sobre a participação do Ministério da Defesa na agenda de ataques e questionamentos da Justiça Eleitoral. Preso sob suspeita de invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para emitir falso pedido de prisão e alvarás de soltura também fictícios, Delgatti disse que ficou com as senhas do Judiciário por quatro meses.
Besouro Azul dá valor ao talento de Marquezine. Bruna Marquezine vem recebendo elogios por sua atuação em Besouro Azul, filme que estreou na quinta (17), mas a prolongada greve dos atores e roteiristas de Hollywood entrou de vilã na vida real e, no momento, impede a atriz de dar entrevistas divulgando o lançamento. Marquezine apoia o movimento dos grevistas e conta com a ajuda de fãs e amigos para promover o longa. Leia em Splash.
Na trama do herói com pegada latina que tematiza dificuldades para os imigrantes nos EUA, ela interpreta a brasileira Jennifer, herdeira de uma empresa de ímpeto armamentista que tem a inescrupulosa Victoria, personagem de Susan Sarandon, à frente. "Jenny se apossa de um artefato capaz de criar um exército imbatível e, na confusão, o coloca sob a guarda de Jaime", escreve Roberto Sadovski, que define Marquezine como um oásis em meio aos problemas de roteiro e direção do filme. Jaime Reyes é o Besouro Azul, o primeiro de sua família de imigrantes latinos a conquistar o diploma universitário, o super-heroi interpretado por Xolo Mariduenã.