OPINIÃO
Uma hipótese para a ineficácia da intervenção no câmbio
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O Brasil vem mostrando números que contrariam positivamente as previsões de economistas. Crescimento econômico razoável, taxa de emprego em recuperação, ganhos no salário, notas de crédito melhores. Mesmo assim, o dólar dispara, e o "mercado" vê um cenário de deterioração.
Para Josias de Souza, "o Brasil meteu-se num círculo de suposições infalíveis que empurram a conjuntura para uma profecia autorrealizável. O que vem por aí é uma puxada no freio de mão, com forte desaceleração da atividade econômica". O conjunto dos argumentos merece ser lido na coluna a respeito.
José Paulo Kupfer elenca razões para a alta da moeda americana, e, baseado em análise de Manoel Pires, coordenador do CPFOP - FGV/Ibre, foca especialmente em uma: "a hipótese possivelmente mais relevante deriva das incertezas sobre a criação e as formas de aplicação de um imposto mínimo sobre rendimentos totais acima de R$ 600 mil por ano", medida anunciada pelo governo junto com a ampliação da isenção do IR. Se for essa a razão, "somente o anúncio das regras dessa tributação ou o anúncio oficial do adiamento de sua adoção teriam a capacidade de estancar a atual corrida para o dólar", conclui.
- Josias de Souza: Na economia, Brasil age como cão que morde o próprio rabo
- José Paulo Kupfer: Incertezas sobre taxação de rendas altas são o motor da explosão do dólar
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