Papa faz apelo por reconciliação entre Coreias e manda mensagem para China
O papa Francisco pediu por paz e reconciliação na dividida península coreana, e enviou uma mensagem de boa vontade para a China, encerrando uma viagem de cinco dias à Coreia do Sul e a primeira visita papal à Ásia em 15 anos.
Antes de uma missa nesta segunda-feira na Catedral de Myeongdong, em Seul, Francisco rezou com um pequeno número de "mulheres de conforto", que eram forçadas a trabalhar como escravas sexuais para soldados japoneses que ocuparam o país antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
"A missa de hoje é primeiramente uma oração pela reconciliação da família coreana", disse Francisco.
A guerra da Coreia (1950 a 1953) terminou com uma trégua armada, que deixa a Coreia do Norte e a Coreia do Sul em um estado técnico de guerra.
Um grupo de desertores da Coreia do Norte e parentes de sul-coreanos sequestrados pelo Norte foram convidados para a missa, a qual teve participação da presidente sul-coreana, Park Geun-hye.
A Coreia do Norte recusou um convite da Igreja Católica sul coreana para que membros de sua Associação Católica Coreana, administrada pelo Estado, fossem à missa desta segunda-feira, citando o começo de exercícios militares entre os EUA e os sul-coreanos.
"Vamos rezar... pelo surgimento de novas oportunidades de diálogo, de encontro e de resolução das diferenças, pela contínua generosidade em fornecer assistência humanitária àqueles que precisam, e por um reconhecimento ainda maior de que todos os coreanos são irmãos e irmãs, membros de uma família, um povo", disse Francisco.
Quando o avião do papa entrou em espaço aéreo chinês em seu voo de volta à Roma, Francisco enviou um telegrama para o presidente chinês, Xi Jinping, após uma mensagem sem precedentes enviada pelo pontífice durante o voo de ia à Coreia do Sul, na quinta-feira.
?Retornando para Roma após minha visita à Coreia, eu desejo renovar à sua excelência e a seus cidadãos a garantia de meus melhores desejos, e eu invoco bênçãos divinas sobre sua terra?, disse o telegrama do papa.
Embora seja tradição de o papa enviar uma mensagem a países sobre os quais sobrevoa, o Vaticano e Pequim há tempos têm relações frágeis, e um antecessor de Francisco, João Paulo 2º, teve que evitar utilizar o espaço aéreo chinês durante uma viagem à Ásia.
No domingo, Francisco disse que governos asiáticos não devem temer os cristãos, os quais não querem ser vistos como "conquistadores", e sim como partes integrais das culturas locais. Os comentários foram direcionados a países de governos comunistas, como China, Coreia do Norte e Vietnã.
O Ministério de Relações Exteriores da China disse na quinta-feira que havia "notado" a posição do papa, e repetiu sua posição de que o governo chinês é sincero quando diz querer melhorar as relações com o Vaticano.
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