Rússia pressiona ONU no caso do voo MH17 após descartar criação de tribunal
A Rússia está pressionando por um papel maior da ONU (Organização das Nações Unidas) em uma investigação sobre o que causou a derrubada de um avião de passageiros no leste da Ucrânia, depois de rejeitar uma proposta de Malásia, Austrália, Holanda, Bélgica e Ucrânia para a criação de um tribunal apoiado pelo órgão.
Liderados pelos holandeses, os países conduzem um inquérito criminal sobre o voo MH17 da Malaysia Airlines e propuseram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU no início deste mês que criaria um tribunal para julgar os responsáveis.
Mas o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu a medida como contraproducente e prematura. A Rússia tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e, portanto, poderia bloquear a resolução se for submetida a votação.
Em vez disso, a Rússia distribuiu outra proposta de resolução que "exige que os autores do incidente aéreo sejam levados à Justiça". O conselho de 15 membros deve discutir o projeto russo mais tarde nesta segunda-feira.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse que Moscou se opunha a um tribunal internacional porque "acreditamos que não está na Carta das Nações Unidas, o Conselho de Segurança da ONU não deve lidar com situações como essa".
Quando perguntado se a Rússia é contra a proposta de criar um tribunal, Churkin respondeu: "Sim." No início deste mês, ele descreveu a proposta como uma tentativa de organizar um "show político grandioso".
O avião que operava o voo MH17 foi abatido em 17 de julho do ano passado com 298 passageiros a bordo, dois terços deles holandeses. Ele caiu em território ucraniano controlado por rebeldes apoiados pelos russos.
Um relatório final sobre a causa do acidente, um documento separado da investigação criminal, deve ser divulgado em outubro pelo Conselho de Segurança holandês.
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