Irmão do leão Cecil parece vivo e bem, diz pesquisador
HARARE (Reuters) - O irmão de Cecil, o leão mais famoso do Zimbábue e morto por um caçador norte-americano no mês passado, está vivo, informou à Reuters um pesquisador, contradizendo relatos da mídia de que Jericó teria sido morto.
"Ele parece vivo e bem para mim, tanto quanto eu posso dizer", disse Brent Stapelkamp, pesquisador de campo para o Projeto de Pesquisa Lion Hwange, que está monitorando o leão com GPS.
Um grupo chamado Força-Tarefa de Conservação Zimbábue postou em sua página no Facebook que Jericó tinha sido morto.
No entanto, uma fonte da autoridade dos parques nacionais do país disse à Reuters neste sábado que um segundo leão foi caçado ilegalmente por um visitante estrangeiro.
As autoridades ainda não confirmaram o incidente, mas neste sábado impôs um banimento definitivo à caça desportiva fora do parque nacional, local onde Cecil, um raro leão de juba negra, foi capturado antes de ser morto no dia 1º de julho.
"A caça de leões, leopardos e elefantes em áreas fora do Parque Nacional de Hwange foi suspensa, e a suspensão tem efeito imediato", disse Edison Chidzyia, chefe da autoridade dos parques nacionais do Zimbábue, em comunicado.
Ele acrescentou que um homem de um parque privado foi preso sob suspeita de burlar as regras de caça.
O comunicado não mencionou a morte de um segundo leão, mas a fonte da autoridade dos parques nacionais, que não está autorizado a falar com a imprensa, afirmou que o animal foi morto ilegalmente por um caçador estrangeiro em um local de caça próximo a Hwange no dia 3 de julho.
A fonte ainda disse que o caçador, cuja nacionalidade não foi divulgada, deixou o Zimbábue logo após o ocorrido, mas a polícia recuperou o cadáver do leão.
A caça do leão Cecil pelo dentista americano Walter Palmer fez o mundo se preocupar com a caça desportiva, uma fonte lucrativa para muitos países africanos onde turistas pagam dezenas de milhares de libras para perseguir e caçar leões e outros grandes animais.
A morte de Cecil, de 13 anos, um leão que andava com um GPS como parte de um estudo da Universidade de Oxford, fez aumentar no Ocidente o clamor pela repressão à caça desportiva.
O presidente da Associação de Operadores de Safari do Zimbábue, Emmanuel Fundira, disse que as novas restrições iriam impactar no faturamento oriundo da caça, negócio que gerou 45 milhões de dólares em 2014.
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