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Operadores de commodities devem se digitalizar ou enfrentar extinção, diz relatório

26/10/2016 15h43

LONDRES (Reuters) - À medida que as margens das commodities ficam estáveis, o número de operadores vai diminuir, uma vez que as empresas de trading se consolidam e rivais digitais surgem, disse a consultoria norte-americana Oliver Wyman em seu relatório anual de comércio de commodities.

Com exceção do petróleo e do gás natural que ganharam impulso da volatilidade no último ano, os mercados de commodities estão se estabilizando com margens combinadas fixadas em cerca de 44 bilhões de dólares por ano em 2014 e 2015.

Wyman vê a digitalização como o divisor de águas nos próximos anos, que vai obrigar operadoras de commodities independentes como a Glencore, a Trafigura e a Vitol, bem como os braços de trading em empresas integradas de petróleo como a Shell e a BP, a se tornarem mais ágeis e automatizarem muitas de suas operações.

Sobrará pouco espaço para operadoras de médio porte expandirem além dos nichos de mercado e será quase impossível para bancos retornarem aos negócios físicos.

Até agora, a indústria de petróleo e gás se manteve amplamente imune aos saltos tecnológicos. Mas enquanto a negociação física de commodities por bancos pode ser algo do passado, Wyman vê seu papel como pioneiras da tecnologia "blockchain" para o financiamento de commodities.

A tecnologia "blockchain" se baseia em criar registros público e permanentes de todas as transações que poderiam possivelmente substituir sistemas complexos de liquidação e clearing.

(Por Julia Payne)