Uber defende modelo de negócio, quer evitar regras mais rígidas da UE
Por Foo Yun Chee
LUXEMBURGO (Reuters) - O Uber defendeu seu modelo de negócios no tribunal mais alto da Europa nesta terça-feira, dizendo que seu serviço facilitou a mobilidade das pessoas e reduziu a poluição, num caso que pode levar as startups baseadas em aplicativos enfrentarem uma regulação mais rigorosa.
O aplicativo, que se expandiu para a Europa há cinco anos, tem sido atacado por empresas de táxis e alguns países da União Europeia, porque não está sujeito às estritas regras locais de licenciamento e segurança aplicáveis a alguns concorrentes.
A disputa do Uber com o principal operador de táxi de Barcelona, que em 2014 o acusou de dirigir um serviço de táxi ilegal pelo serviço UberPOP, é vista como referência que pode levar o Tribunal de Justiça da União Europeia a classificá-lo como uma empresa de transporte em vez de um serviço digital.
A decisão sujeitaria a empresa a regras mais rígidas sobre licenciamento, seguro e segurança, com possíveis efeitos para outras startups, como as empresas de aluguel de casa Airbnb e de entrega de alimentos Deliveroo.
Também pode limitar os esforços da Comissão Europeia para impulsionar o comércio eletrônico, um setor em que a UE se situa atrás da Ásia e dos Estados Unidos, para impulsionar o crescimento econômico e criar postos de trabalho.
O Uber é avaliado em mais de 60 bilhões de dólares e seus investidores incluem Goldman Sachs e GV, antes conhecido como Google Ventures.
O aplicativo tem enfrentado protestos, proibições e ações legais em todo o mundo, incluindo nos Estados Unidos e em grande parte da Europa, pois perturba as práticas comerciais existentes.
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