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Malásia identifica diplomata norte-coreano procurado em caso de assassinato de Kim Jong-nam

Rozanna Latiff

Em Kuala Lumpur

22/02/2017 08h48

A polícia da Malásia identificou nesta quarta-feira (22) um diplomata norte-coreano e um funcionário de uma empresa aérea estatal que são procurados para interrogatório devido ao assassinato do meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Kim Jong-nam, de 46 anos, foi morto no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur no dia 13 de fevereiro quando se preparava para embarcar em um voo para Macau, onde vivia exilado com sua família com a proteção de Pequim.

Autoridades da Coreia do Sul e dos Estados Unidos acreditam que a morte do meio irmão afastado de Kim Jong-un foi um assassinato cometido por agentes norte-coreanos.

Kim Jong Nam havia se manifestado publicamente contra o comando dinástico de sua família sobre a Coreia do Norte, país dotado de armas nucleares.

Ao fornecer um boletim de atualização da investigação, que revoltou Pyongyang, o chefe de polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, disse que o diplomata procurado para interrogatório é Hyon Kwang Song, de 44 anos, segundo secretário da embaixada.

A polícia também quer interrogar Kim Uk Il, de 37 anos, que trabalha para a estatal aérea norte-coreana Air Koryo.

Khalid informou que ambos estiveram na Malásia, mas não soube confirmar se estiveram na embaixada.

"Eles foram convocados para dar assistência. Esperamos que a embaixada coopere conosco e nos permita interrogá-los rapidamente, senão iremos compeli-los a vir até nós", comunicou Khalid aos repórteres.

"Não podemos confirmar que eles estão escondidos na embaixada", disse ele à Reuters.

Até agora a polícia identificou um total de oito norte-coreanos suspeitos de ligação com o assassinato.

Um deles, Ri Jong Chol, está sob custódia desde a semana passada, e outro, Ri Ji U, continua à solta. Segundo Khalid, a polícia "acredita fortemente" que quatro outros retornaram à capital norte-coreana Pyongyang, tendo fugido da Malásia no dia do ataque.

A polícia não informou qual foi o papel de Ri Jong Chol no crime. Ele morou na Malásia durante três anos sem trabalhar na empresa registrada em sua autorização de trabalho nem recebeu salário.

A polícia ainda está mantendo detidas duas mulheres, uma vietnamita e uma indonésia, que são suspeitas de terem realizado o ataque fatal contra Kim Jong Nam usando um veneno de ação rápida.