Trump buscará recomeço em discurso no Congresso após 1º mês turbulento
Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá a chance de deixar o início turbulento de seu governo para trás na noite desta terça-feira com um discurso no Congresso durante o qual irá delinear seus planos para o ano, como a reforma do sistema de saúde e um aumento no investimento militar.
O discurso televisionado, a partir das 21h locais, na Câmara dos Deputados será a maior oportunidade que Trump já teve de se impor diante de uma audiência imensa no horário nobre e detalhar sua agenda depois de um primeiro mês caracterizado por tropeços, conflitos internos e rixas com a mídia.
O pronunciamento, que Trump vem redigindo com o assessor Stephen Miller e outros, incluirá alguns gestos visando unificar o país polarizado enquanto o republicano tenta curar as feridas de uma eleição duramente disputada.
Trump tem muito trabalho pela frente para superar o ceticismo dos norte-americanos e apaziguar seus compatriotas. Uma média de pesquisas de opinião recente do site Real Clear Politics estimou seu índice de aprovação em cerca de 44 por cento, cifra relativamente baixa para um presidente novo.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o tema do discurso ao Congresso de maioria republicana será "a renovação do espírito americano" e que terá como cerne a forma de resolver os problemas dos norte-americanos comuns.
"Ele irá convidar os americanos de todos os setores a se unirem a serviço de um futuro mais forte e mais brilhante para nossa nação", detalhou Spicer aos repórteres na segunda-feira.
Em uma entrevista concedida à Reuters na semana passada, Trump disse que seu pronunciamento será um discurso de otimismo, "apesar do fato de eu ter herdado uma bagunça total".
O presidente irá enfrentar uma série de questões. Os detalhes sobre sua proposta de reformulação do plano de saúde de seu antecessor, Barack Obama, ainda não foram divulgados, e ele ainda tem que explicar como irá financiar um aumento acentuado nos gastos pretendidos para a reconstrução de estradas e pontes do país.
Suas propostas de corte de impostos para milhões de pessoas e empresas ainda não foram esboçadas, sua estratégia de renegociação de acordos comerciais internacionais tampouco está clara e, na segunda-feira, ele recebeu uma proposta do Pentágono para combater os militantes do Estado Islâmico sobre a qual precisa se decidir nos próximos dias.
Um plano de aumento nos gastos de defesa inclui a exigência de que agências federais sem ligação direta com a área reduzam custos para compensar o investimento –reduções dolorosas que devem ser confrontadas no Congresso. Alguns republicanos afirmaram que a elevação nos gastos de defesa não basta para as necessidades dos militares.
Seu decreto presidencial impedindo temporariamente a entrada de imigrantes de sete países de maioria muçulmana nos EUA devido a razões de segurança nacional desencadeou protestos e foi revogado por tribunais federais, mas Trump deve assinar um decreto de substituição na quarta-feira.
(Reportagem adicional de Richard Cowan, Ayesha Rascoe, Jeff Mason e Emily Stephenson)
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