Estados do Golfo cogitam novas sanções contra Catar; chanceler cita "agressão"
Por Karin Strohecker e Ahmed Aboulenein
LONDRES/CAIRO (Reuters) - O ministro de Relações Exteriores do Catar, xeique Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, acusou quatro vizinhos árabes de "clara agressão" contra seu país, enquanto representantes de Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito se reuniam no Cairo para considerar medidas adicionais contra Doha, que acusam de promover o terrorismo na região.
O xeique disse que as acusações dos quatro países árabes para cortar ligações diplomáticas e de transporte com o Catar há um mês "foram claramente projetadas para criar um sentimento anti-Catar".
"O Catar continua a pedir diálogo, apesar da violação de leis internacionais e regulamentações, apesar da separação de 12 mil famílias, apesar do cerco que é uma clara agressão e um insulto para todos os tratados, órgãos e jurisdições internacionais", disse o chanceler no centro de estudos Chatham House, em Londres.
A disputa entre o Catar e seus vizinhos do Golfo Pérsico despertou intensa preocupação entre aliados ocidentais que veem as dinastias governistas da região como parceiros-chave em questões de energia e defesa.
O Catar investiu pesado em projetos de infraestrutura em Estados do Ocidente e mantêm colaboração diplomática próxima com os EUA em relação ao conflito na Síria.
(Reportagem adicional de Karin Strohecker e Sami Aboudi)
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