Topo

Busca por submarino argentino entra em fase crítica devido à escassez de oxigênio

22/11/2017 14h25

Por Walter Bianchi e Nicolás Misculin

(Reuters) - A busca por um submarino argentino que desapareceu há uma semana no Atlântico Sul entrou em uma fase crítica nesta quarta-feira, uma vez que seus tripulantes podem começar a sofrer com falta de oxigênio.

O submarino ARA San Juan pode estar sem propulsão e submerso devido a uma falha elétrica, o que deixaria seus tripulantes com pouco oxigênio, caso não tenham sido capazes de renová-lo nos últimos dias.

"Estamos na parte crítica, especialmente no que se refere ao oxigênio. Não temos nenhum rastro", disse o porta-voz das Forças Armadas, Enrique Balbi, em Buenos Aires.

Mesmo assim, Balbi expressou esperança de que o clima favorável desta quarta-feira permitirá novidades na busca, depois que o vento forte e algumas tempestades durante o final de semana dificultaram as operações de resgate, das quais participam cerca de 4 mil pessoas e aproximadamente 30 aviões e barcos da Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Chile.

Até agora, uma superfície de quase 500 mil quilômetros quadrados onde acredita-se que o submarino pode estar foi patrulhada pelo ar, embora ainda falte rastrear uma ampla área de forma marítima.

Os familiares dos tripulantes começaram a mostrar desespero na cidade de Mar del Plata, onde o submarino deveria ter chegado no começo da semana.

"Viemos hoje porque tínhamos esperança de que tinham voltado. É incompreensível que tenha passado tanto tempo. Temos muita dor", disse à Reuters Elena Alfaro, irmã de Cristian Ibáñez, especialista em radares que estava no submarino.

A embarcação deixou a cidade de Ushuaia no dia 13 de novembro a caminho de Mar del Plata, uma cidade turística localizada 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, e deveria ter chegado a sua base no último domingo ou segunda-feira. A última vez que o submarino fez contato com o continente foi no dia 15 de novembro.