Exército paquistanês espera ordens enquanto polícia e manifestantes islâmicos retomam confronto
Por Asif Shahzad
FAIZABAD, Paquistão (Reuters) - Ativistas islâmicos entraram em confronto neste domingo com forças da segurança do Paquistão pelo segundo dia nos arredores da capital, Islamabad, queimando veículos antes de se retirarem para um acampamento que ocupam há mais de duas semanas, informou a polícia.
Apesar de determinação na noite de sábado do governo civil para o Exército ajudar a restaurar a ordem, não havia soldados no local em torno do acampamento de protesto em Faizabad, nos arredores da capital, disseram testemunhas.
O departamento de imprensa das forças militares não respondeu a perguntas sobre a ordem do governo.
De acordo com relatos da mídia, ao menos seis pessoas foram mortas no sábado, quando milhares de policiais e forças paramilitares tentaram dispersar os religiosos linha-dura, que bloquearam a principal rota à capital exigindo que o ministro da Justiça seja demitido por blasfêmia.
Ao menos 150 pessoas ficaram feridas nos confrontos de sábado, segundo hospitais, e o superintendente da polícia Amir Niazi disse que 80 membros das forças de segurança estavam entre os feridos. A Reuters não pôde confirmar se houve mortes.
Na manhã deste domingo, fumaça saía dos destroços carbonizados de três motos e um carro queimados nesta manhã perto do acampamento de protesto, onde diversos membros do partido Tehreek-e-Labaik se juntaram em desafio ao governo.
“Nós ainda não temos ordens para iniciar uma operação. Nós iremos agir como o governo nos ordenar”, disse o comandante da força de elite militar no local, coronel Bilal, que só deu um nome. “Nós cercamos os manifestantes por todos os lados. Nós podemos entrar quando o governo ordenar.”
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