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Chefe de contraterrorismo diz não ver laços de suspeito de bomba de NY com militantes de Bangladesh

13/12/2017 11h01

Por Krishna N. Das e Serajul Quadir

DACA (Reuters) - Bangladesh não encontrou indícios ligando um cidadão do país acusado por uma tentativa de ataque suicida com bomba em Nova York a militantes bengaleses, disse o diretor de contraterrorismo de Bangladesh à Reuters nesta quarta-feira.

Na terça-feira procuradores norte-americanos apresentaram denúncia contra Akayed Ullah, um bengalês de 27 anos que se descreveu como simpatizante do Estado Islâmico, acusando-o de apoiar uma organização terrorista estrangeira.

Ullah explodiu uma bomba em um corredor subterrâneo de pedestres entre a Times Square e o terminal de ônibus de Port Authority no horário de pico da manhã de segunda-feira, ferindo a si mesmo e mais três pessoas.

"Coletamos indícios e informações sobre seus familiares: sua esposa, sogro e sogra", disse Monirul Islam, diretor da unidade de contraterrorismo da polícia de Bangladesh, em uma entrevista.

"Em Bangladesh não encontramos nenhuma conexão, ou não conseguimos identificar nenhum de seus associados que estavam ou estão envolvidos com quaisquer grupos terroristas."

Uma autoridade dos Estados Unidos, que está a par da investigação do ataque, disse que autoridades encontraram indícios de que Ullah viu propaganda do Estado Islâmico na internet.

Islam e sua equipe interrogaram a esposa do suspeito e outros parentes durante várias horas depois de ir buscá-los em seu apartamento alugado no centro de Daca.

Ullah, que mora nos EUA desde 2011, havia voltado a Bangladesh para ver a família em setembro, e passou a maior parte do tempo em casa com seu filho de seis meses, relatou Islam.

"Normalmente ele não interagia com nenhum de seus amigos ou familiares aqui. Ele passou a maior parte do tempo em casa", disse.

"Estamos procurando as pessoas com as quais ele costumava ir à universidade ou à escola. Estamos procurando, ainda não identificamos ninguém."

Familiares se recusaram a conversar com a Reuters quando foram abordados em seu apartamento nesta quarta-feira.

Islam disse que Bangladesh transmitiu informações sobre Ullah a agências de segurança dos EUA, mas não existe nenhuma investigação conjunta.