Presidente peruano busca apoio da OEA contra possível afastamento por escândalo da Odebrecht
LIMA (Reuters) - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, que enfrenta uma votação no Congresso esta semana que pode destituí-lo do cargo por acusações de corrupção que envolvem a Odebrecht, buscou nesta quarta-feira o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse no Twitter que, após um pedido de Kuczynski, a entidade está finalizando os planos para enviar uma equipe ao Peru para "acompanhar a situação política atual".
Kuczynski nega veementemente as acusações contra ele, e apoiadores têm dito que a votação marcada para quinta-feira pelo Congresso, que é controlado pela oposição, representa uma tentativa de golpe.
Em uma carta publicada por Almagro no Twitter, Kuczynski aponta para esforços da oposição no Congresso para derrubá-lo da Presidência, assim como uma tentativa similar de forçar a saída do procurador-geral e de três magistrados da Corte Constitucional.
O presidente, de centro-direita, pediu à OEA que acompanhe a votação de quinta-feira.
As ações da oposição constituem "um ataque à ordem democrática e ao exercício legítimo do poder", escreveu Kuczynski.
O partido opositor de direita que controla o Congresso, Força Popular, nega estar tomando ações antidemocráticas e descreveu seus esforços para remover Kuczynski, o procurador-geral e os magistrados da Corte como medidas dentro da Constituição que fazem parte de seu combate à corrupção.
As acusações contra Kuczynski têm como base seus laços comerciais recentemente descobertos, e que ele negava anteriormente, com a empreiteira Odebrecht [ODBES.UL], que está no centro do maior escândalo de corrupção na América Latina.
Kuczynski tem dito repetidamente que não houve nada de errado, e a Odebrecht afirma que os laços com o atual presidente peruano aparentemente não fazem parte do esquema de corrupção com políticos.
Em consequência da crise que atinge o país, o governo peruano cancelou nesta quarta-feira um leilão de um projeto de cobre avaliado em 2 bilhões de dólares, de acordo com duas fontes do governo.
(Reportagem de Mitra Taj)
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