Investigador do Vaticano sobre abusos sexuais no Chile é hospitalizado
SANTIAGO (Reuters) - O arcebispo Charles Scicluna, que investiga no Chile acusações feitas contra um bispo por encobrir abusos sexuais, foi hospitalizado devido a problemas de saúde, mas o processo de reuniões com testemunhas e vítimas continuará com um substituto, informou a Conferência Episcopal nesta quarta-feira.
Scicluna chegou a Santiago na segunda-feira para realizar encontros sobre acusações feitas contra o bispo Juan Barros por supostamente ocultar informação sobre abusos de menores cometidos por seu mentor, o sacerdote Fernando Karadima.
O porta-voz da Conferência Episcopal, Jaime Coiro, disse a repórteres que o investigador se encontra estável e consciente em uma clínica no oeste da cidade, e que espera poder voltar em breve às suas funções.
"É um mal-estar que já durava alguns dias, e do qual ele já vinha sentindo alguns sintomas", disse Coiro.
Ele também explicou que o papa Francisco decidiu que o processo continuará a cargo do monsenhor Jordi Bertomeu, um sacerdote espanhol que atuava como notário no caso, com o fim de não mudar os encontros já agendados.
"Não temos nenhuma notícia de que alguém tenha desistido de participar", disse o porta-voz sobre a possibilidade de algum depoente se retirar do processo devido à ausência de Scicluna.
O caso Karadima abalou o Chile, e vários grupos do país protestaram contra a decisão de Francisco de nomear Barros como bispo de Osorno em 2015, inclusive durante visita do pontífice ao país este ano.
(Por Fabián Andrés Cambero)
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