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Coreias do Norte e do Sul enviarão equipes conjuntas aos Jogos Asiáticos

18/06/2018 10h41

Por Hyonhee Shin

SEUL (Reuters) - As Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta segunda-feira em marcharem juntas sob a bandeira de uma península unificada e montar equipes combinadas para competirem nos próximos Jogos Asiáticos, informaram em um comunicado conjunto, o sinal mais recente de uma reaproximação entre os velhos rivais.

Os dois lados também combinaram uma rodada de conversas em sua fronteira altamente fortificada para realizar uma partida de basquete na capital norte-coreana Pyongyang no dia 4 de julho, marcando assim o aniversário de um acordo intercoreano sobre a unificação, disseram.

O acordo surge em meio a uma série de conversas que são parte de esforços para fomentar uma reconciliação, como a abertura de linhas telefônicas militares e a marcação de reuniões para familiares de coreanos divididos pela Guerra da Coreia de 1950-53.

Os atletas dos dois lados marcharão juntos sob uma mesma bandeira e o nome "Coreia" nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Asiáticos, como fizeram na Olimpíada de Inverno realizada na Coreia do Sul em fevereiro.

Os próximos Jogos Asiáticos acontecerão na Indonésia, entre meados de agosto e o início de setembro.

Os dois países acertaram montar equipes combinadas para o evento e para outras competições internacionais, e realizarão mais reuniões para acertar os detalhes.

O amistoso de basquete acontecerá em Pyongyang no mês que vem e outra partida será disputada em Seul mais perto do final do ano, disseram as Coreias no comunicado.

"Concordamos em promover a cooperação e os contatos esportivos, inclusive treinos e jogos conjuntos", afirmaram.

A reaproximação das Coreias do Norte e do Sul coincide com um momento em que as relações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos também melhoraram, apesar da tensão surgida no ano passado em decorrência dos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump, na primeira cúpula da história entre as duas nações na semana passada em Cingapura.