Israel diz que atirador de Gaza era enfermeiro dos Médicos Sem Fronteiras
JERUSALÉM (Reuters) - Israel disse nesta quinta-feira que um atirador palestino morto por suas forças na fronteira da Faixa de Gaza nesta semana era enfermeiro dos Médicos Sem Fronteiras e que espera uma explicação do grupo de assistência internacional.
O Cogat, escritório israelense de ligação com Gaza, identificou o palestino como Hani Majdalawi e disse que ele morreu baleado na segunda-feira depois de atirar e lançar uma granada contra soldados.
"Procuramos os Médicos Sem Fronteiras para pedir esclarecimentos sobre o assunto", disse um porta-voz do Cogat.
A organização não respondeu de imediato a contatos da Reuters por telefone e email. Seu site diz que o grupo administra três centros de queimaduras e traumatismos em Gaza, cujos governantes islâmicos do Hamas se envolveram em três guerras contra Israel na última década.
Autoridades de Gaza não confirmaram a morte de Majdalawi, dizendo que para isso precisam do corpo, que acreditam estar sendo retido por Israel. Os militares israelenses não puderam confirmar de imediato.
Nenhuma facção armada palestina reconheceu Majdalawi como membro.
Reagindo a reportagens da mídia israelense sobre a morte de Majdalawi, seu irmão, Osama, descreveu-o no Facebook como um "mártir" que "comprou a arma com o próprio dinheiro" e agiu de forma "completamente independente".
A postagem no Facebook disse que Hani Majdalawi, que era casado e tinha 28 anos, trabalhou para os Médicos Sem Fronteiras e que era "o mais estável de seus irmãos social, psicológica e economicamente".
Gaza tem testemunhado uma onda de confrontos que já dura quase cinco meses na fronteira, onde palestinos vêm realizando protestos semanais em massa, às vezes violentos, e atraindo disparos do Exército israelense. Ao menos 170 palestinos já morreram.
(Por Dan Williams e Nidal al-Mughrabi)
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