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Assange diz que Equador quer terminar asilo e entregá-lo aos EUA

Por Alexandra Valencia
Imagem: Por Alexandra Valencia

29/10/2018 14h56

Por Alexandra Valencia

QUITO (Reuters) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse na segunda-feira que o Equador está tentando dar um fim a seu asilo político na embaixada do país em Londres, entregando-o para os Estados Unidos, mas um juiz recusou seu processo por condições de vida na embaixada.

Assange falou da embaixada via teleconferência em uma audiência em Quito por um processo que desafia o governo do Equador que exige que ele pague por suas contas médicas, telefonemas, e faça a limpeza de seu gato de estimação.

Ele se refugiou na embaixada há seis anos para evitar extradição para a Suécia em um caso de abuso sexual que foi abandonado. Ele continua lá para evitar ser preso pelo Reino Unido por ter violado os termos de sua fiança, que segundo ele resultariam em sua entrega para Washington.

Durante a audiência, Assange disse que as novas regras seriam um sinal de que o Equador estaria tentando expulsá-lo, e afirmou que o presidente equatoriano, Lenin Moreno, já havia decidido dar fim ao seu asilo, mas não havia ainda dado a ordem.

"Se o Sr. Assange quiser ficar e seguir as regras... ele pode ficar na embaixada o quanto quiser", disse o procurador-geral Inigo Salvador, acrescentando que os custos de hospedagem do país haviam custado ao país 6 milhões de dólares.

O ministro das Relações Exteriores, José Valencia, se recusou a comentar sobre a afirmação de Assange de que o Equador buscava entregá-lo aos Estados Unidos.

A juíza Karina Martinez rejeitou o processo, dizendo que o ministério das Relações Exteriores era encarregado de determinar as condições de vida.

A equipe legal de Assange disse que entrou com recurso imediatamente após a decisão.