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EUA não querem prejudicar amigos e aliados com sanções sobre Irã, diz Bolton

31/10/2018 18h03

WASHINGTON (Reuters) - O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, disse nesta quarta-feira que o governo Trump quer sanções sobre as exportações de petróleo do Irã para pressionar Teerã, mas não deseja prejudicar países que dependam do produto.

"Queremos alcançar pressão máxima, mas também não queremos prejudicar amigos e aliados", disse Bolton em palestra na Hamilton Society.

Bolton disse que a administração entende que um número de países, alguns próximos geograficamente ao Irã, que ele visitou na última semana, e outros "podem não conseguir ir até o fim, até o zero imediatamente". Foi um tom mais conciliatório sobre sanções vindo de Bolton, um proponente de que se adote uma posição dura contra o Irã e se reduza as exportações de petróleo a zero.

Ainda assim, Bolton disse que as consequências já podem ser vistas no Irã, incluindo o colapso do rial, a moeda local. "Eu acho que é importante que não relaxemos no esforço", declarou ele.

O governo Trump está avaliando se dará isenções a alguns países que cortam suas compras de petróleo iraniano em 5 de novembro, quando as sanções sobre exportações iranianas voltam a vigorar.

Três dos maiores compradores de petróleo iraniano - China, Índia e Turquia - resistiram a pedidos de Washington para que encerrem suas compras de petróleo imediatamente. Nesta semana, a Coreia do Sul pediu ao secretário de Estado, Mike Pompeo, "flexibilidade máxima" sobre seu pedido de isenção para evitar que companhias locais sejam abaladas pelas sanções. Outros países, incluindo Iraque e Afeganistão, dependem de algumas importações do Irã.

O governo disse que está considerando isenções com base em casos individuais.