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Vice-presidente dos EUA liga para líder da oposição da Venezuela para mostrar apoio

15/01/2019 21h14

WASHINGTON (Reuters) - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse ter falado por telefone com o líder da oposição na Venezuela, Juan Guaido, para mostrar-lhe apoio, em mais um sinal de insatisfação dos EUA com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A intenção de Pence com o telefonema a Guaido, que comanda a Assembleia Nacional liderada pela oposição, é de expressar o apoio dos EUA para a assembleia como "único órgão legítimo e democrático no país", disse uma autoridade da Casa Branca.

Mais cedo nesta terça, o Congresso da Venezuela declarou formalmente que Maduro é um "usurpador" depois de sua contestada eleição no ano passado, e a CNN relatou que o presidente norte-americano, Donald Trump, está considerando reconhecer Guaido como presidente legítimo da Venezuela.

O governo Trump também considera impor uma nova rodada de sanções econômicas contra a Venezuela para pressionar Maduro, que tomou posse em um segundo mandato em 10 de janeiro. Ele enfrentou pesadas críticas de que sua liderança é ilegítima após uma eleição em 2018 vista amplamente como fraudulenta.

Na semana passada, Guaido disse estar disposto a substituir Maduro se tiver o apoio das Forças Armadas. Várias autoridades governamentais disseram que ele deveria ser preso por traição e, no domingo, foi brevemente detido por agentes de inteligência.

Em seu telefonema a Guaido, Pence elogiou "sua corajosa liderança após sua detenção e intimidação" no fim de semana, disse a autoridade da Casa Branca.

"O vice-presidente enfatizou firmemente que o objetivo de longa data dos Estados Unidos e de todos os países que amam a liberdade é de restaurar a democracia à Venezuela por meio de eleições livres e justas e encerrar as crises humanitária e econômica sem precedente no outrora rico berço de Bolívar", disse a autoridade.

"O vice-presidente Pence encorajou o senhor Guaido a construir a unidade entre os grupos políticos e prometeu apoio contínuo dos Estados Unidos até o restabelecimento da democracia", disse a autoridade.

(Reportagem de Steve Holland e Roberta Rampton)