Democratas buscam intimações sobre a separação de famílias imigrantes de Trump
Por Jonathan Landay e Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - No que deve ser o primeiro uso público de intimações desde que assumiram a Casa dos Representantes dos Estados Unidos, em janeiro, democratas devem votar, na terça-feira, em intimações à administração Trump sobre a política de separação de famílias imigrantes.
Se aprovadas, as intimações do Comitê de Supervisão da Casa permitiriam que democratas começassem a invocar a legitimidade de investigar que obtiveram quando os eleitores, em novembro, entregaram-lhe a maioria da Casa, tirando-a das mãos dos republicanos.
Os democratas estão começando uma série de investigações contra o presidente Donald Trump, suas finanças pessoais e interesses comerciais e a sua administração de 25 meses, inclusive políticas controversas, como a separação de famílias.
O Comitê de Supervisão da Casa votará uma resolução do presidente Elijah Cummings para emitir intimações à secretária de Segurança Nacional, Kristjen Nielsen, o procurador-geral, William Barr, e o secretário de Serviços de Saúde e Humanitários, Alex Azar, de acordo com documentos do comitê vistos pela Reuters.
A resolução deve passar no comitê em que os democratas são maioria contra os republicanos, são 24 a 18.
Como parte da repressão à imigração ilegal, a administração Trump separou milhares de crianças de seus pais imigrantes que cruzaram a partir do México para os Estados Unidos, colocando várias em campos de detenção.
Advogados de imigração e legisladores democratas afirmam que muitas crianças traumatizadas, depois de fugir de seus países, foram detidas em centros institucionalizados por mais tempo que o devido graças a essa política. O inspetor-geral do Departamento de Serviços de Saúde e Humanitários afirmou, em um relatório de janeiro, que a administração passou a aumentar o número de separações em 2017. Aceleraram-nas em 2018, depois que Trump implementou a política de “tolerância zero” para processar criminalmente e prender todos os ilegais que cruzassem as fronteiras.
Críticas à política levaram Trump a assinar uma ordem executiva, em 20 de junho de 2018, revertendo o curso.
Em uma carta de 22 de fevereiro para Cummings, o principal republicano do Comitê de Supervisão, Jim Jordan, disse que três departamentos "têm trabalhado rapidamente” para produzir os documentos e as informações para o painel e que seria prematuro votar em intimações.
Um oficial do Comitê de Supervisão afirmou que os documentos a serem intimados são os mesmos exigidos dos departamentos em uma carta de julho de 2018 assinada por Cummings, quando democratas eram minoria, e pelo republicano Mark Meadows.
Depois de os departamentos recusarem-se a entregar os documentos, o então presidente do painel, o republicano Trey Gowdy, negou o pedido de Cummings de emitir intimações e se recusou a realizar uma votação, disse o oficial, falando sob a condição de anonimato.
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