Ataque militar contra o Irã resultaria em "guerra total", diz chanceler
Resumo da notícia
- Chanceler diz que Irã 'vai se defender'
- Situação se agravou após ataques a instalações de petróleo
Qualquer ataque militar dos Estados Unidos ou da Arábia Saudita contra o Irã resultaria em uma "guerra total", disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammed Javad Zarif, nesta quinta-feira.
"Estou fazendo o comunicado muito sério de que não queremos guerra, não queremos nos envolver em um confronto militar... mas não hesitaremos em defender nosso país", disse Zarif em entrevista à CNN.
Indagado sobre a consequência de um ataque militar norte-americano ou saudita ao Irã, Zarif respondeu: "Uma guerra total".
Os EUA estão debatendo com a Arábia Saudita e outros aliados do Golfo Pérsico reações possíveis a um ataque a instalações petrolíferas sauditas no sábado, que atribuem ao Irã e que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, descreveu como um ato de guerra contra o reinado.
Zarif já havia alertado no Twitter que aquilo que descreve como o time B —que inclui o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman— está induzindo o presidente dos EUA, Donald Trump, a entrar em guerra com o Irã.
Trump adotou um tom cauteloso na quarta-feira. Ele disse haver várias opções que não uma guerra com o Irã, que nega envolvimento nos ataques de 14 de setembro que inicialmente reduziram a produção de petróleo saudita pela metade. Ele ordenou sanções mais duras a Teerã.
Zarif também disse em um tuíte postado nesta quinta-feira que Pompeo está tentando adiar a emissão de vistos para a delegação iraniana comparecer à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Trump disse que não pretende se encontrar com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, durante o evento da ONU em Nova York neste mês.
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