Irã começa a injetar gás de urânio em centrífugas de Fordow, diz TV estatal
O Irã começou a injetar gás de urânio em centrífugas da usina de Fordow, informou a TV estatal nesta quarta-feira, em um aprofundamento das medidas do país para se afastar dos compromissos assumidos no histórico acordo nuclear de 2015.
O pacto internacional proibia materiais nucleares em Fordow, mas, com a injeção de gás, a instalação terá seu status alterado: de autorizada a pesquisas para local com atividade nuclear.
"Com a presença de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, o Irã começou a injetar gás (de urânio) em centrífugas de Fordow", informou a TV.
O presidente do país, Hassan Rouhani, que estruturou o acordo, culpou os Estados Unidos pela redução dos compromissos nucleares iranianos, alegando que a usina de Fordow voltaria em breve com o trabalho de enriquecimento de urânio.
"O quarto passo do Irã na redução de seus compromissos do Plano de Ação Conjunto Global ao injetar gás em 1.044 centrífugas começa hoje. Graças à política dos EUA e seus aliados, Fordow voltará em breve à sua operação completa", tuitou Rouhani.
O Irã concordou em 2015 em transformar a usina de Fordow em um "centro nuclear, científico e de física", no qual 1.044 centrífuga eram usadas com propósitos que não o enriquecimento, como produção de isótopos estáveis, que têm vasta aplicabilidade civil.
No ano passado, o presidente norte-americano, Donald Trump, retirou os EUA do acordo sob a alegação de que o pacto beneficiava o Irã. Desde então, o governo Trump renovou e intensificou as sanções impostas ao país do Oriente Médio, reduzindo em mais de 80% as vendas de petróleo bruto iraniano, vital para a economia da nação.
Em resposta, o Irã contornou as restrições do acordo uma a uma, incluindo a violação do limite máximo de urânio enriquecido armazenado e do nível de enriquecimento.
"O Irã deu o quarto passo para diminuir seus compromissos nucleares com o acordo em reação ao aumento da pressão dos EUA e da inatividade por parte dos partidos europeus para salvar o acordo", acrescentou a TV estatal.
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