Nova Délhi tem dia de protestos contra lei da cidadania; premiê japonês cancela visita
Por Devjyot Ghoshal e Adnan Abidi
NOVA DÉLHI (Reuters) - Confrontos violentos entre policiais e centenas de universitários irromperam em Nova Délhi nesta sexta-feira devido à sanção de uma nova lei de cidadania que críticos dizem que minará os fundamentos seculares da Índia.
Os tumultos levaram o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, a cancelar uma visita que planejava fazer ao país a partir de domingo.
A nova lei oferece acesso à cidadania indiana a seis grupos religiosos minoritários dos vizinhos Bangladesh, Paquistão e Afeganistão, incluindo hindus e cristãos, mas não muçulmanos.
A polícia usou gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar dezenas de estudantes que protestavam na universidade Jamia Millia Islamia, no centro de Nova Délhi, por causa da lei.
Manifestantes atacaram carros na capital, e várias pessoas ficaram feridas e foram levadas a hospitais.
Zakir Riyaz, estudante de PhD em assistência social, disse que a nova lei zomba da abertura religiosa do país.
"Ela vai de encontro a toda a ideia de uma Índia secular", disse, falando por telefone do Hospital Sagrada Família de Nova Délhi, onde 15 de seus colegas foram internados depois de serem feridos por policias que os atacaram com cassetetes.
Barricadas da polícia foram derrubadas, e ruas ficaram repletas de calçados e tijolos quebrados. Uma autoridade do dispensário da universidade disse que mais de 100 alunos com ferimentos foram atendidos, mas que todos já haviam sido liberados.
Parvez Hashmi, político local que foi ao protesto para conversar com a polícia, disse que cerca de 50 estudantes foram detidos.
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