Peru elege Congresso profundamente dividido com inclinação para centro-direita
Por Marcelo Rochabrun e Marco Aquino
LIMA (Reuters) - Os peruanos elegeram um Congresso sem liderança clara e dividido entre 10 partidos, no domingo, sendo que uma sigla de centro-direita ganhou a maioria dos assentos, com 24 de um total de 130, segundo uma contagem de votos da Ipsos divulgada pela mídia local.
O resultado é um golpe para o Força Popular, partido de oposição de direita liderado por Keiko Fujimori, que perdeu o controle do Congresso e conquistou menos de 10% dos assentos, mesmo com a maioria dos eleitores apoiando partidos conservadores.
A diminuição da popularidade do partido pode significar problemas para suas chances na próxima eleição presidencial do Peru, em 2021.
A nova legislatura substitui a dissolvida em setembro, após uma longa batalha entre o presidente Martín Vizcarra e os parlamentares, no âmbito de uma campanha do governo de combate à corrupção.
O novo equilíbrio de poder poderia dar a Vizcarra uma nova chance de impulsionar seu pacote de reformas anticorrupção, o qual a maioria da oposição no Congresso se opõe. Mas a legislatura também pode ficar presa num impasse.
Vizcarra não tem representação partidária no Congresso, mas partidos centrais e de esquerda geralmente apoiam sua agenda.
A eleição especial foi lançada no ano passado, quando Vizcarra usou uma disposição constitucional controversa para fechar o Congresso, depois que foi repetidamente barrado para confirmar seus planos. A medida foi considerada legítima pelo tribunal superior do Peru este mês.
O novo Congresso terá vida curta e será substituído por uma legislatura padrão de cinco anos em 2021, quando o Peru também celebrará 200 anos de independência.
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