Nomes de Gabinete de Biden podem enfrentar resistência republicana no Senado
Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Membros republicanos do Senado dos Estados Unidos alertaram o presidente eleito, Joe Biden, que podem estar preparados para obstruir suas indicações ao Gabinete, apesar da antiga tradição de se dar a um novo presidente o direito de escolher quem comandará as agências do governo.
As ameaças, vindas de senadores como Marco Rubio e Tom Cotton, ressaltaram a importância de um par de segundos turnos eleitorais na Geórgia no início de janeiro que determinarão se os republicanos manterão a maioria no Senado ou se os democratas controlarão a casa depois de seis anos como minoria.
Na segunda-feira, a equipe de Biden anunciou alguns dos nomes do Gabinete, que incluem ex-funcionários do Departamento de Estado, como Antony Blinken como secretário de Estado, Linda Thomas-Greenfield como embaixadora na Organização das Nações Unidas (ONU) e Avril Haines, antes na Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), como diretora de inteligência nacional.
Biden ainda escolheu Janet Yellen, ex-presidente do Fed, como secretária do Tesouro.
"Ao Senado dos Estados Unidos, espero que estes indicados notáveis recebam uma audiência rápida", disse Biden a repórteres nesta terça-feira, acrescentando desejar trabalhar lado a lado "de boa fé para seguir em frente pelo país".
Alguns republicanos do Senado --a maioria dos quais ainda não admitiu a derrota do presidente Donald Trump nem se refere a Biden como presidente eleito-- repudiaram rapidamente seus escolhidos.
O influente senador republicano John Cornyn disse aos repórteres que supõe que as escolhas do gabinete serão negociadas se Biden se tornar presidente.
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