Ativistas de Mianmar cancelam festas de Ano Novo; ONU pede fim de "massacre"
(Reuters) - Oponentes do governo militar de Mianmar cancelaram as festividades de Ano Novo nesta terça-feira, e ao invés disso demonstraram sua revolta com os generais que tomaram o poder através de demonstrações contidas de desafio e protestos pequenos por todo o país.
O Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas disse que teme que a repressão militar aos protestos desde o golpe de 1º de fevereiro degenere em um conflito civil como aquele visto na Síria e apelou pelo fim do "massacre".
A Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP) diz que as forças de segurança já mataram 710 manifestantes desde a deposição do governo eleito de Aung San Suu Kyi, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Os manifestantes voltaram a sair no primeiro dos cinco dias do feriado de Ano Novo, conhecido como Thingyan, normalmente comemorado com orações, limpezas rituais de imagens de Buda em templos e aspersão de água nas ruas.
"Não comemoramos o Thingyan de Mianmar deste ano, já que mais de 700 de nossas bravas almas foram mortas", disse um usuário do Twitter identificado como Shwe Ei.
Mulheres vestidas com trajes finos para o feriado mais importante do ano protestaram em várias cidades pequenas portando vasilhas tradicionais com sete flores e brotos que são exibidos nesta época, mostraram imagens da mídia.
Não surgiram relatos imediatos de violência em nenhum dos protestos, mas a informação se tornou escassa por causa da restrições da junta à internet de banda larga e aos serviços de dados móveis.
(Da redação da Reuters)
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