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EUA dizem que Rússia pode criar pretexto para atacar Ucrânia

14/02/2022 08h46

Por David Lawder e Pavel Polityuk

WASHINGTON/KIEV (Reuters) - A Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento e pode criar um pretexto surpresa para um ataque, disseram os Estados Unidos no domingo, ao reafirmarem a promessa de defender "cada centímetro" do território da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Rússia tem mais de 100.000 soldados concentrados perto da Ucrânia, que não faz parte da aliança militar ocidental, e Washington tem dito repetidamente que uma invasão é iminente --ao mesmo tempo em que mantém abertos os canais diplomáticos que até agora não conseguiram aliviar a crise.

Moscou nega tais planos e acusou o Ocidente de "histeria".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, antes de uma viagem que o levará a Kiev na segunda-feira e Moscou na terça para conversas com o presidente Vladimir Putin, pediu que a Rússia diminua a escalada e alertou sobre sanções se Moscou invadir.

Uma autoridade alemã disse que Berlim não espera "resultados concretos", mas que a diplomacia é importante.

Em Washington, o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, disse que uma invasão pode começar "a qualquer momento".

"Não podemos prever perfeitamente o dia, mas já estamos dizendo há algum tempo que estamos na janela", afirmou Sullivan à CNN.

Autoridades dos EUA disseram que não podiam confirmar relatos de que a inteligência dos EUA indicava que a Rússia planejava invadir na quarta-feira.

Sullivan disse que Washington continuará compartilhando o que descobrir com o mundo para negar a Moscou a chance de realizar uma operação surpresa de "bandeira falsa" que poderia ser um pretexto para um ataque.

Os EUA também "defenderão cada centímetro do território da Otan... e a Rússia, acreditamos, entende totalmente essa mensagem", acrescentou Sullivan em uma entrevista separada à CBS.

Biden conversou com seu colega ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, no domingo e eles concordaram com a importância de continuar buscando diplomacia e dissuasão em resposta ao aumento militar da Rússia, disse a Casa Branca após a ligação.