Ucrânia diz que tropas russas dispersaram violentamente manifestação contra a ocupação em Kherson
KIEV (Reuters) - As Forças Armadas da Ucrânia disseram que tropas russas usaram granadas de efeito moral e tiros para dispersar uma manifestação pró-Ucrânia na cidade ocupada de Kherson, no sul do país, nesta segunda-feira.
A Rússia não comentou imediatamente o incidente. Moscou nega atacar civis.
Imagens de vídeo mostraram várias centenas de manifestantes na Praça da Liberdade de Kherson correndo para escapar enquanto projéteis caem ao redor deles. Estrondos altos podem ser ouvidos e há nuvens de fumaça esbranquiçada. Tiros também podem ser ouvidos.
"As forças de segurança russas correram, começaram a disparar granadas de efeito moral na multidão e a atirar", disse o serviço de imprensa das Forças Armadas ucranianas em comunicado.
O serviço afirmou que pelo menos uma pessoa ficou ferida.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente quais armas foram disparadas.
O vídeo mostrou alguns manifestantes voltando para a praça. Um homem com um chapéu preto voltou, parou do outro lado da estrada das tropas russas e ficou ali sozinho, segurando uma pequena bandeira ucraniana acima da cabeça.
A cidade de Kherson, uma capital regional de cerca de 250.000 habitantes, foi o primeiro grande centro urbano a cair nas mãos das tropas russas depois da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.
Desde então, grupos de moradores realizam manifestações no centro de Kherson, protestando contra a ocupação e mostrando seu apoio ao governo de Kiev agitando bandeiras ucranianas.
No início deste mês, as autoridades ucranianas disseram que membros da Guarda Nacional da Rússia detiveram mais de 400 pessoas na região de Kherson por protestarem contra a ocupação. Elas acusam a Rússia de tentar criar um Estado policial lá.
A Rússia chama a guerra de "operação militar especial" para desarmar a Ucrânia e protegê-la dos "nazistas". O Ocidente descreve isso como um falso pretexto para uma guerra de agressão não provocada para subjugar um país que o presidente Vladimir Putin descreve como ilegítimo.
(Reportagem de Sergiy Karazy e Shane Raymond)
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